Tratamento do câncer de colo do útero: estudo aponta atraso em cuidados
De acordo com o Instituto de Câncer (INCA), o câncer de colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais frequente entre as mulheres. Para 2023, o instituto prevê 17.010 casos novos, o que exige cuidados rápidos para melhorar as chances de cura. No entanto, um estudo da Fundação do Câncer mostra um atraso preocupante nesse sentido. A avaliação sugere que 65,8% das mulheres esperam mais de 60 dias dar início ao tratamento do câncer de colo do útero.
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A avaliação contempla dados de pacientes das redes pública e privada entre os anos 2005 e 2019 de mais de 300 hospitais. Como resultado, observaram a demora em iniciar a terapia de combate à doença. Tal situação eleva os riscos de mortalidade feminina — hoje, o câncer de colo do útero é a quarta causa de óbito entre as mulheres brasileiras.
Além disso, o prazo que excede os 60 dias é controla a lei estabelecida para o Sistema Único de Saúde (SUS).
A princípio, o paciente com câncer tem direito de se submeter ao primeiro tratamento em até 60 dias a partir da assinatura do diagnóstico em laudo patológico. O prazo pode ser ainda menor, se o caso for grave.
Sintomas e causas
Também conhecido como câncer cervical, a enfermidade se desenvolve lentamente. A princípio, não dá sinais em sua fase inicial. Em contrapartida, casos mais avançados provocam o sangramento vaginal com mau cheiro, inclusive após a relação sexual.
Esse tipo de câncer, como o nome sugere, acomete primeiro o colo do útero, a região anatômica do órgão que fica em contato com a vagina. Se houver metástase – quando o câncer se dissemina além do local onde se originou –, ela pode atingir a vagina, a bexiga e o reto, que são locais próximos ao útero. Além dos pulmões, o intestino, o cérebro e os ossos, o que caracteriza a metástase à distância.
Tratamento e prevenção para câncer de colo do útero
Além da realização do exame preventivo anual, existem outras formas de evitar a doença. A prevenção primária inclui evitar o contágio com o HPV, o responsável pela evolução para o câncer. Portanto, utilizar preservativos previne todas as infecções sexualmente transmissíveis (IST), incluindo o HPV.
Assim, as formas de prevenção desse tipo de câncer são duas: pela realização do exame de Papanicolau anualmente por mulheres sexualmente ativas e pela vacinação contra o HPV.
O tratamento da doença varia de acordo com a avaliação do médico e leva em consideração as características da doença. Por exemplo, evolução, estágio, tamanho do tumor e idade da paciente.
Sendo assim, entre as opções de tratamento estão a cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Lembrando que, quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de cura e maior a possibilidade de manter a fertilidade.