Tipos de lipoaspiração: mais comuns e indicação
O Brasil é o país com o maior número de realizações de cirurgias plásticas no mundo. E, segundo dados de um relatório divulgado pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps), a lipoaspiração é o procedimento mais realizado por aqui. Também chamada de lipoescultura, a técnica se baseia na retirada do acúmulo de gordura em várias regiões do corpo. A lipoaspiração é realizada através de pequenas incisões e pode ser feita no culote, barriga, costas, braços e pescoço, por exemplo. A médica Dra. Tatiana Moura, cirurgiã membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), conta que há muitos nomes envolvendo a lipoaspiração e que podem trazer dúvidas ao paciente que deseja fazer o procedimento estético. A seguir, a especialista explica os diferentes tipos de lipoaspiração.
Tipos de lipoaspiração: mais comuns e indicação
Lipoaspiração clássica
É feita no hospital, com o paciente sedado. “Antigamente, o cirurgião só aspirava onde tinha gordura localizada – flanco, braço, papada, culote. Mas, a técnica foi evoluindo, como toda a cirurgia plástica, e hoje é comum fazer o procedimento no segmento como um todo”, esclarece.
Tipos de lipoaspiração: lipo HD ou de alta definição
Também feita em hospital e sob sedação, promove a remoção de bastante gordura. “Assim, no caso da lipo de abdômen, por exemplo, não vamos remover a gordura apenas acumulada embaixo do umbigo. Ou seja, vamos tirar de todo o abdômen, tentando deixar o subcutâneo o mais fino e homogêneo possível”, conta Dra. Tatiana. Contudo, como todo procedimento cirúrgico, há riscos de a pele necrosar ou o tecido ficar heterogêneo, por exemplo.
Lipoescultura
É o procedimento que esculpe as curvas do corpo. Ou seja, modelando-o e, em alguns casos, transferindo a gordura de um local para outro do corpo, por exemplo.
Tipos de lipoaspiração: lipo light
Também chamada de minilipo, é realizada em ambulatório e sob anestesia local, com o paciente acordado. “Além disso, o cirurgião segmenta o paciente e faz apenas um local por procedimento: braço, coxa, costas”, exemplifica a cirurgiã plástica.
Hidrolipo
É realizada em ambiente ambulatorial e sob anestesia local. “É inserido mais anestésico diluído em soro durante o processo para remover a gordura de uma forma mais líquida”.
Lipo 3D
Neste procedimento, feito em hospital e sob sedação, o cirurgião plástico imita, na gordura da paciente, os gominhos da musculatura abdominal. “Mas, na minha opinião, se o paciente tem uma oscilação de peso importante, esse desenho vai deixar seu abdômen deformado e totalmente irregular. Por isso, é um tipo de lipoaspiração que exige do profissional atenção se realmente o paciente tem indicação para tal”, conta Dra. Tatiana.
O que esperar depois do procedimento
A médica explica que nenhum resultado é definitivo. Pois, os pacientes podem ter oscilação de peso ao longo da vida, comprometendo o visual. “Assim, tem gente que diz que o conhecido fez a lipo, engordou e a gordura foi para outro lugar do corpo. Isso não existe. Ou seja, a gordura que retiramos não vai voltar.
O que acontece é que a região lipoaspirada passa a ter menos células de gordura. Assim, se a pessoa engorda, aquele local vai ter menos gordura do que outras partes que não passaram pelo procedimento, dando a impressão de que estão muito maiores”, ensina Dra. Tatiana.
A recuperação de qualquer lipoaspiração pode ter edema, hematoma e dor. Mas, é fundamental que o paciente converse com o cirurgião plástico de sua confiança para sanar todas as dúvidas e, assim, entender como será o pós-cirúrgico.
Por fim, a médica alerta quanto aos riscos que existem em qualquer procedimento, é importante escolher um cirurgião membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e seguir as orientações do profissional. Mas, a dra. Tatiana lembra que em casos de duas ou mais lipos o procedimento pode ficar mais perigoso. Portanto, é importante respeitar as orientações e negativas de um profissional responsável.
Fonte: Dra. Tatiana Moura é cirurgiã plástica graduada e pós graduada em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, com mestrado em Cirurgia Plástica pela mesma Faculdade. É médica colaboradora no ambulatório de Cirurgia Plástica Infantil no Hospital das Clínicas da FMUSP.