Tempo seco: o que fazer ao enfrentar sinais de desidratação?
Diante do clima seco, da baixa qualidade do ar – agravada pelas queimadas – e das altas temperaturas, os sinais de desidratação tendem a se manifestar com mais frequência. Por isso, neste caso, os cuidados com a saúde devem ser intensificados, principalmente em relação a crianças, gestantes, idosos e pessoas com doenças crônicas.
De acordo com a Dra. Elaine Dias JK, endocrinologista e metabologista, a atenção com a hidratação deve ser uma prioridade. “Devido às atuais condições climáticas, é preciso aumentar a ingestão de líquidos para compensar a perda de água pelo suor”, explica a médica.
“Altitudes elevadas e uma respiração rápida e superficial também podem causar perda de água no organismo, levando à desidratação”, complementa a profissional.
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Além dos fatores ambientais, a quantidade ideal de água a ser ingerida também varia de acordo com a idade, sexo, peso e nível de atividade física. “Uma maneira simples de calcular a quantidade de água necessária é 30 a 40 ml por quilo de peso por dia. No calor e clima seco, o ideal é ficar ainda mais atento e aumentar a ingestão mínima diária”, orienta Dra. Elaine.
O que fazer ao notar sinais de desidratação?
Por fim, a especialista destaca a importância de ficar atento aos sinais de desidratação. Entre os sintomas mais comuns estão: sede, boca seca, diminuição da produção de urina, urina de cor escura, cansaço, falta de ânimo, sensação de tontura ou vertigem, fadiga, pele seca e fria, além de batimentos cardíacos acelerados.
Dra. Elaine orienta que, ao notar sinais de desidratação leve a moderada, é possível adotar algumas medidas de primeiros socorros em casa, tais como:
1. Ingerir líquidos em pequenos goles, dando preferência à água ou soluções de reidratação oral. É essencial beber lentamente para evitar o risco de hiponatremia – que ocorre quando o nível de sódio no sangue está muito baixo.
2. Evitar bebidas com cafeína ou álcool, já que elas podem agravar a desidratação.
3. Consumir alimentos ricos em água, como frutas e vegetais frescos.
4. Descansar e evitar a prática de atividades físicas intensas.
5. Vômitos ou diarreia podem causar desidratação, por isso é fundamental repor os líquidos perdidos. No entanto, caso os sintomas persistam, procure atendimento médico imediatamente.
“Se a desidratação for grave ou associada a outros sintomas preocupantes, como confusão mental, dificuldade para respirar ou batimentos cardíacos irregulares, é fundamental procurar atendimento médico imediatamente, pois pode ser necessário tratamento mais específico e intervenções médicas”, finaliza a Dra. Elaine.
Fonte: Dra. Elaine Dias JK é PhD em endocrinologia pela USP, também é membro ativo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia – CRM 137974/SP.