TDAH é hereditário? Entenda quais fatores influenciam o transtorno

Bem-estar Equilíbrio
24 de Abril, 2024
TDAH é hereditário? Entenda quais fatores influenciam o transtorno

Dificuldade para se concentrar em tarefas, impulsividade ou agitação excessiva podem indicar algo que vai muito além do comportamento ou personalidade. Na verdade, esses sintomas podem estar relacionados ao TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade. Os sinais, no entanto, podem surgir logo na primeira infância (do nascimento até os 6 anos), o que leva a pergunta: “TDAH é hereditário? 

A condição foi descoberta em 1902, mas só agora tem ganhado mais notoriedade com o aumento dos diagnósticos. Isso se deve, em grande parte, ao reconhecimento do TDAH, mais acesso a serviços de saúde mental e combate aos estigmas e preconceitos relacionados às síndromes mentais. 

Afinal, TDAH é hereditário?

Uma das causas possíveis do TDAH é a hereditariedade. Ou seja, o transtorno está ligado a um forte componente genético que aumenta as chances de pais e filhos receberem o mesmo diagnóstico. Isso acontece porque o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade pode causar alterações nos genes e que podem ser passados de geração em geração para os pequenos.

Segundo informações do Ministério da Saúde, cerca de 30% das crianças diagnosticadas podem ter um ou ambos pais com o transtorno. Por outro lado, um estudo publicado no periódico científico ADDITUDE, revela que pelo menos um terço de todos os pais que tiveram TDAH na juventude têm filhos com a doença. Além do mais, a maioria dos gêmeos idênticos compartilham o traço relacionado ao transtorno. 

Mas isso não significa que se um dos pais (ou ambos) tiverem TDAH o filho herdará o transtorno necessariamente. Na verdade, as chances aumentam, mas não é uma garantia. Ou seja, o gene do TDAH pode ou não se manifestar na criança.

Além disso, essa não é a única causa possível, outras questões estão relacionadas a mutações genéticas, complicações durante a gestação, como o uso de drogas, cigarro e álcool, prematuridade e, por fim, traumas cerebrais que podem ser resultado de doenças, traumas cerebrais, tumores ou intoxicação. 

Veja também: TDAH: o que é, sintomas, como identificar e tratamentos

Nem toda agitação é sinônimo de TDAH

Na última década, o subdiagnóstico de TDAH tem sido cada vez mais frequente. Por isso, não é comum ouvir pessoas afirmando que possuem o transtorno sem nem mesmo ter trocado duas palavras com um psicólogo ou psiquiatra. Portanto, essa onda de subdiagnóstico também pode atingir os pequenos que podem levantar suspeitas com comportamentos inerentes à infância e aos desafios do aprendizado. 

Por isso, é importante reforçar que o transtorno vai além dos comportamentos típicos. Ou seja, àqueles que tendem a interferir no desenvolvimento por longos períodos, a intensidade e o impacto das ações do adolescente. Isso porque no TDAH, os comportamentos são mais intensos e prejudiciais do que aqueles vividos por jovens sem o transtorno.  

Tratamento adequado atenua dificuldades

Quando antes identificado, melhor. Isso porque a abordagem precoce do TDAH permite que o paciente inicie um tratamento multidisciplinar. De forma geral, combina terapia, fonoaudiólogo, apoio familiar, construção de rotinas e, em alguns casos, medicação específica. 

As técnicas ensinadas pelos profissionais de saúde permitem que o portador tenha alternativas para lidar com a agitação, desorganização e inquietude, resultando no aumento da performance nos estudos, no trabalho e até mesmo nas relações sociais.

Fonte:

  • Renan Molina Pinto, psicólogo.

Sobre o autor

Tayna Farias
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em gravidez e maternidade

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