Superfungo em Pernambuco: hospital fecha após pico de casos. Entenda

Saúde
25 de Maio, 2023
Superfungo em Pernambuco: hospital fecha após pico de casos. Entenda

A Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco confirmou o terceiro caso de infecção pelo superfungo Candida auris. Por isso, algumas unidades hospitalares suspenderam o atendimento.

O paciente é um homem de 66 anos, internado em um hospital particular de Recife. Segundo a Secretaria, outros dois homens já haviam sido diagnosticados com o fungo neste mês e estão internados em hospitais da rede pública.

Um deles tem 48 anos e está no Hospital Miguel Arraes, em Paulista. Após o diagnóstico, no dia 11 de maio, a unidade de saúde suspendeu o atendimento do público em geral e só atendeu casos de urgência e emergência. O segundo paciente tem 77 anos e está no Hospital do Tricentenário, em Olinda. A unidade de saúde suspendeu o atendimento apenas no setor onde o paciente está.

Leia mais: Candida auris: conheça os sintomas e tratamento do “superfungo”

Superfungo em Pernambuco

Ainda de acordo com a Secretaria de Saúde, três pessoas se infectaram nas unidades hospitalares ou em outro ambiente. Por isso, eles estão testando quem teve contato com os pacientes para saber se houve transmissão da doença.

A situação preocupa as autoridades sanitárias. Isso porque, segundo um estudo da Fiocruz, o estado de Pernambuco possui o maior surto desse superfungo registrado no Brasil. O surto ocorreu entre novembro de 2021 e fevereiro de 2022, em um hospital de Recife, em Pernambuco. Neste período, 48 pessoas se infectaram, levando ao maior surto do superfungo desde que ele foi encontrado pela primeira vez no Brasil.

Candida auris: afinal, o que é o superfungo?

De acordo com o Ministério da Saúde, o Candida auris foi identificado pela primeira vez como causador de doença em humanos em 2009 no Japão.

Desde então, o “superfungo” se espalhou pelo mundo, com a fama de ser resistente a praticamente todos os medicamentos existentes.

De fácil contágio, a transmissão ocorre a partir de materiais hospitalares como medidores de pressão, macas, termômetros e estetoscópios. Além disso, é de difícil diagnóstico e tem alta taxa de letalidade, onde de 30 a 60% dos contaminados morrem.

Referência: Agência Brasil.

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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