Subvariante inédita da Ômicron é identificada em criança de SP
O sequenciamento genômico da rede Dasa identificou uma subvariante inédita da Ômicron, da Covid-19. O caso foi identificado em uma criança de 3 anos de idade, moradora da cidade de São Paulo. A coleta da secreção para realizar o exame do tipo RT-PCR ocorreu no dia 16 de fevereiro.
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Afinal, o que é uma subvariante inédita?
Chamadas de “recombinantes”, os vírus carregam informações de uma cepa principal, nesse caso a Ômicron, junto a outro pedaço de uma segunda linhagem distinta. Assim, para esse novo achado, é necessária a detecção de quatro outros diagnósticos idênticos para que seja, de fato, reconhecida pelos órgãos de saúde como uma nova linhagem da Covid-19.
Normalmente, o cadastro das variantes ocorre na plataforma GISAID, principal repositório de informações sobre variantes de Covid globalmente. Lá, especialistas em sequenciamento de diversas nacionalidades oferecem dados das linhagens que encontraram em exames realizados em cada país. Dessa forma, é possível acompanhar a movimentação das variantes globalmente.
Subvariante da ômicron
A princípio, a Dasa identificou três amostras “recombinantes” em seu trabalho de sequenciamento genômico. Além da nova (ainda sem nome), outros dois casos da Ômicron XE também foram encontrados. Vale lembrar que o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso da Ômicron XE no Brasil no início de abril e o diagnóstico foi apontado pelo Instituto Butantan, em São Paulo.
No caso da XE, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta e diz que monitora os casos dessa versão, que inicialmente havia sido detectada apenas na China, mas se espalhou para outras partes do mundo, principalmente o Reino Unido. Segundo a OMS, o número de infecções pela subvariante da ômicron é muito pequeno em relação ao tamanho dos surtos que já aconteceram e que ainda estão acontecendo ao redor do mundo, o que torna difícil medir o perigo da cepa.