Estudo revela principais sintomas da Covid longa em crianças
Com o decorrer da pandemia causada pela coronavírus, estudos continuam sendo publicados para que a doença seja cada vez mais desmistificada. É o caso do levantamento realizado por pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, que reuniu os principais sintomas da Covid longa em crianças e adolescentes de zero a 14 anos. A descoberta foi divulgada no periódico científico “The Lancet Child & Adolescent Health”, do grupo “The Lancet”.
Ainda em 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu oficialmente a Covid longa como uma doença. Ela geralmente surge por volta de três meses após a infecção pelo coronavírus. Já os sintomas duram ao longo de dois meses e não são explicados por outro diagnóstico.
“Os mais comuns incluem fadiga, falta de ar, disfunção cognitiva, mas também outros e geralmente têm impacto no funcionamento diário”, relata a OMS. Com o intuito de saber se estes são os principais sinais da doença observados entre o público infantil analisado na pesquisa, os cientistas da Universidade de Copenhague enviaram um questionário para os seus responsáveis sobre os 23 indícios mais recorrentes da doença.
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Os sintomas da Covid longa em crianças e adolescentes
A pesquisa reuniu a resposta de 10.997 formulários, preenchidos entre 20 de julho e 15 de setembro de 2021. Dessa forma, traçou-se os principais sintomas da Covid longa por faixa etária, em crianças e adolescentes de zero a 14 anos que testaram positivo para a doença entre janeiro de 2020 e julho de 2021.
A seguir, veja quais são os indicativos da doença por idade:
- De zero a três anos: tosse, erupções cutâneas, dores no estômago, perda de apetite e alterações no humor;
- De quatro a 11 anos: erupções cutâneas, dificuldade para se concentrar ou lembrar de algo e alterações no humor;
- De 12 a 14 anos: fadiga, dificuldade para se concentrar ou lembrar de algo e alterações no humor.
Ainda de acordo com o levantamento, 40% de 1.194 crianças de zero a três anos tiveram um dos sintomas por mais de dois meses. Já entre as 5.023 de quatro a 11 anos, 38% sentiram um dos sinais da doença pelo mesmo período. Por fim, entre os adolescentes de 12 a 14 anos, a taxa foi bem maior: 46% de 2.857 relataram um dos indicativos da enfermidade por mais de dois meses.
Fontes: Organização Mundial da Saúde (OMS) e “The Lancet Child & Adolescent Health”, periódico científico do grupo “The Lancet”.