Síndrome pós-Covid: Como a ciência explica a Covid longa
“Covid de longa duração,” “Covid longa” e “síndrome pós-Covid” são as referências utilizadas para os pacientes infectados com a Covid-19 que sentem os efeitos e os sintomas da doença por um longo período (mesmo após a cura).
“As estimativas demonstram que 10 a 30% das pessoas infectadas terão a Covid de longa duração”, afirma Greg Vanichkachorn, diretor médico do Programa de Reabilitação de Atividades da Covid da Mayo Clinic.
Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou a primeira definição clínica para a síndrome pós-Covid. “Ela indica que os pacientes devem ter sintomas com duração de três meses ou mais após a infecção aguda,” afirma Vanichkachorn. “Se alguém apresentar sinais de Covid de longa duração e a evolução nos tratamentos não estivar acontecendo, recomendo que essa pessoa busque cuidados médicos o mais cedo possível.”
O médico diz que os pesquisadores estão apenas no início do aprendizado sobre as mudanças bioquímicas ocorridas no corpo com a síndrome pós-Covid. “Algumas pessoas podem ter sintomas mínimos, como falta de ar contínua ou um pouco de confusão mental. Por outro lado, há sintomas bastante graves. Como falta de ar a ponto de precisar permanecer com o oxigênio por vários meses após a infecção, ou não ser capaz de realizar atividades básicas da vida — por exemplo, caminhar pela casa e tomar um banho.”
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Síndrome pós-Covid: Esperança para tratamentos futuros da Covid longa
Juntamente com o Programa de Reabilitação de Atividades da Covid, o Dr. Vanichkachorn trabalha com pacientes em um programa distinto, chamado Clínica de Tratamento Pós-Covid. Este último foi concebido para ajudar as pessoas que foram infectadas há mais tempo. De acordo com o profissional, embora exista muito trabalho pela frente, os pacientes não devem perder a esperança quanto aos avanços da ciência.
“Existe, aliás, a possibilidade de encontrarmos alguns tratamentos muito eficazes para prevenir a síndrome pós-Covid e tratar os pacientes que estão sofrendo com ela”, afirma. “Atualmente, apesar de estarmos em um cenário de adaptação e gerenciamento dos sintomas, o futuro tende a ser muito melhor.”
Ademais, ele destaca a importância da prevenção ao coronavírus, que começa com a vacinação e com a prática dos protocolos de segurança. “A melhor maneira de evitar a Covid de longa duração é não ser infectado pela Covid-19. Ou seja, ser vacinado e continuar com todas as precauções sanitárias — distanciamento social, higienização das mão e uso de máscaras.”
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Fonte: Mayo Clinic. Referência: Post–COVID-19 Syndrome (Long Haul Syndrome): Description of a Multidisciplinary Clinic at Mayo Clinic and Characteristics of the Initial Patient Cohort.