Síndrome do Impacto do Ombro: o que é, sintomas e tratamento
O uso excessivo e constante da articulação do ombro, movimentos repetitivos, principalmente levantando os braços acima da linha do ombro, e outros acontecimentos podem gerar dores, ocasionando algo mais grave: a Síndrome do Impacto do Ombro (SIO).
Também conhecida como síndrome do manguito rotador, a doença é comum, principalmente entre idosos e praticantes de alguns esportes. “Existe um grupo de maior risco para o desenvolvimento da síndrome do impacto. Incluindo pessoas que fazem movimentos muito repetitivos, aqueles que possuem doenças degenerativas e atletas que fazem movimentos com o braço acima do ombro constantemente, como: vôlei, handball, tênis e natação”, comenta a fisioterapeuta e diretora clínica do Instituto Trata de Guarulhos, Raquel Silvério.
A dor produzida pelo atrito dos tendões do manguito rotador (supraespinhal, infraespinhal, subescapular e redondo menor) torna difícil a realização de movimentos básicos do dia a dia. Como por exemplo, levantar os braços para realizar atividades diárias.
Sintomas da Síndrome do Impacto do Ombro
O sintoma mais comum da Síndrome do Impacto do Ombro é a dor persistente na região – com mais frequência à noite. A dor varia de acordo com cada pessoa e com o grau de inflamação. Além disso, a limitação do movimento também é um sinal.
Geralmente, os primeiros sintomas surgem por volta dos 20 anos de idade e apresenta 3 estágios:
- Estágio 1 (antes dos 25 anos): ocorre inchaço e inflamação;
- Estágio 2 (dos 25 aos 40 anos): acrescenta-se fraqueza dos tendões do ombro – tendinopatia
- Estágio 3 (> 40 anos): pode acontecer tendinopatia avançada, lesão do manguito rotador ou alterações ósseas.
Leia também: Ombros caídos: Os melhores exercícios para corrigir
Diagnóstico e tratamento
Ainda de acordo com a especialista, o tratamento e o diagnóstico devem ser realizados por profissionais especializados, como médicos ortopedistas ou clínicos gerais. Além de exames clínicos e caso necessário, de imagem. Assim, é possível identificar a presença de um aumento ósseo em uma das estruturas que compõem o ombro ou mesmo para avaliar rupturas tendíneas, tendinites e bursites.
Raquel ressalta que, para o tratamento, é importante que o paciente evite momentaneamente as atividades que pioram a dor e utilize compressas geladas de imediato.
Leia também: Ombros: Veja os melhores exercícios para alongá-los
“Muitos pensam que essa síndrome só atinge atletas, mas recebo em meu consultório vários casos de mulheres, donas de casa, que sofrem com as dores nos ombros. Tarefas domésticas como colocar roupa no varal, acabam se tornando algo torturante, já que o ombro é muito acionado nesse momento. Nesse caso, recomendo atividades que restabeleça a qualidade e força muscular sem gerar sobrecarga na região. As atividades físicas podem ser uma ótima saída para reduzir esse desconforto”, comenta a fisioterapeuta.
Mas o ideal é tratar a síndrome antes de se aventurar em uma atividade física para que não piore o quadro.
Fonte: Raquel Silvério, fisioterapeuta e Diretora Clínica do Instituto Trata, Unidade de Guarulhos.