Síndrome do coração partido: O que é, sintomas e tratamento
O estresse físico e emocional são fatores que trazem diversas consequências para o nosso corpo. Isso inclui a Síndrome do coração partido, um problema cardíaco que ocorre quando uma pessoa sofre uma emoção negativa, como por exemplo, um processo de separação ou perda de um ente querido.
Também conhecido como Síndrome de Takotsubo ou cardiomiopatia, a doença gera sintomas semelhantes ao infarto. Na maioria dos casos, a condição costuma surgir em mulheres após os 50 anos de idade ou no período pós-menopausa. No entanto, ela pode se manifestar em qualquer idade e também pode afetar os homens.
A síndrome do coração partido é considerada uma doença de origem psicológica. Contudo, estudos mostram que os ventrículos de pessoas acometidas por essa síndrome não se contraem da forma correta. Isso acaba simulando um infarto do miocárdio, prejudicando o funcionamento do coração.
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Sintomas
- Aperto no peito;
- Dificuldade para respirar;
- Tonturas e vômitos;
- Perda de apetite ou dor no estômago;
- Raiva, tristeza profunda ou depressão;
- Dificuldade para dormir;
- Cansaço excessivo;
- Perda de autoestima, sentimentos negativos ou pensamento suicida.
Aumento dos casos durante a pandemia
Como já dito, esta condição geralmente ocorre após passar por situações de grande estresse. De acordo com um estudo recente feito nos Estados Unidos, os casos da síndrome do coração partido aumentaram nos últimos meses. Para os pesquisadores, a pandemia por conta do COVID-19 tem grande influência nisso.
Desse modo, a pesquisa contou com a participação de 1.914 pessoas e os resultados mostraram que desde o começo da pandemia, os casos de cardiomiopatia aumentaram de 1,5 % para 7,8%.
Isso porque durante esse período as pessoas estão lidando com estresse psicológico, questões sociais e financeiras.
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Tratamento
O tratamento varia de acordo com a gravidade dos sintomas apresentados por cada um e deve ser orientado por um clínico geral ou cardiologista. Geralmente, pode ser recomendado o uso de medicamentos betabloqueadores, que servem para normalizar o funcionamento do coração. Além disso, em casos mais graves pode ser necessário a internação hospitalar para que o tratamento seja feito com remédios na veia.
O mais importante é buscar tratamento psicológico, para conseguir superar os traumas e estresse emocional.