Conheça os 15 sinais de autismo em crianças
Ouvir e compreender os sons, responder à voz dos pais, formular as primeiras palavras e frases, reagir a tons de voz diferentes. Todos esses processos fazem parte do desenvolvimento normal de um bebê em seus primeiros meses de vida. Nesse sentido, qualquer comportamento atípico liga o alerta para a possibilidade de distúrbios auditivos e linguagem. Anormalidades na fala e audição são alguns dos sinais de autismo em crianças. Saiba mais a seguir!
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15 sinais de autismo em crianças
Segundo a Dra. Roberta Pilla, médica otorrinolaringologista membro da ABORL-CCF (Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial), a criança pode aprender a sentar, engatinhar e andar de acordo com os marcos de desenvolvimento, mas também apresentar dificuldades na interação.
A seguir, a médica reúne 15 principais sinais de alerta para os cuidadores observarem na criança:
- Dificuldade em manter contato visual;
- Não responde ao sorriso ou outras expressões faciais dos pais;
- Não olha para objetos para os quais os pais estão olhando ou apontando;
- Não fala nenhuma palavra aos 15 meses ou frases aos 24 meses;
- Repete exatamente o que os outros dizem sem entender o significado;
- Pode não responder quando chamado pelo nome, mas responde a outros sons (como a buzina de um carro ou o miado de um gato);
- Pode perder a linguagem ou outros marcos sociais entre os 15 e 24 meses de idade;
- Balança as mãos, balança o corpo ou roda em círculos; anda na ponta dos pés por um longo tempo ou agita as mãos (chamado de “comportamento estereotipado” ou estereotipia);
- Prazer em atividades incomuns, em interesses obsessivos, fazendo-as repetidamente durante o dia;
- Brinca com partes de brinquedos em vez do brinquedo inteiro (por exemplo, girando as rodas de um caminhão de brinquedo);
- Pode ser muito sensível ou nada sensível a cheiros, sons, luzes, texturas e toque;
- Não brinca de brincadeiras simbólicas, como faz de conta, casinha, boneca;
- Tem dificuldade para entender gestos, linguagem corporal ou tom de voz;
- Confunde o uso dos pronomes, por exemplo, diz “eu” quando queria dizer “você”;
- Tem dificuldade para elaborar frases, usa somente uma palavra por vez.
Quando procurar ajuda?
O desenvolvimento de cada criança geralmente segue um padrão por faixa etária. “A partir do momento que se nota um comportamento não habitual, é muito importante procurar um profissional para uma avaliação mais completa e para definição de possíveis diagnósticos”, recomenda a especialista.
Além disso, as questões ligadas ao sono, ao sistema respiratório, a alterações auditivas e distúrbios da linguagem são muito frequentes nesse grupo de pacientes. Porém, essas comorbidades podem interferir negativamente no quadro clínico comportamental e social das crianças autistas.
Portanto, nesse caso, os pais ou cuidadores devem buscar ajuda médica, de preferência um neuropediatra ou um psiquiatra infantil para averiguar as possibilidades de autismo. Outras especialidades como psicólogos e otorrinolaringologistas podem fazer parte do tratamento multidisciplinar.
“Na perda auditiva, por exemplo, do diagnóstico à conduta terapêutica, o otorrino é fundamental na elaboração do tratamento clínico ou até cirúrgico”, diz Dra. Roberta, ao reforçar que as perdas auditivas estão relacionadas diretamente a um maior risco de atrasos no desenvolvimento nas habilidades de comunicação receptiva e expressiva.
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Entre as principais ponderações de Dra. Roberta, o diagnóstico no tempo certo pode ser o maior aliado para o tratamento e bem-estar da criança, já que recupera a possibilidade do desenvolvimento das habilidades do autista, evitando perdas nos processos de aprendizagem e de interação social.
Fonte:
- Dra. Roberta Pilla, médica otorrinolaringologista membro da ABORL-CCF (Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial)