Sangue grosso: o que é, sintomas e tratamento
A hipercoagulabilidade, também conhecida como sangue grosso, é quando o sangue fica mais espesso (viscoso) que o normal, dificultando a passagem do sangue nos vasos sanguíneos.
Apesar de não ser tratado como uma doença, o sangue grosso pode ocasionar diversos problemas de saúde, como trombose e até mesmo infarto.
De acordo com a Dra. Emilia Carolina Malafaia, médica hematologista da Clínica AMO de Salvador (BA), são várias as condições que podem deixar o sangue mais espesso, devido a um desequilíbrio entre a parte líquida (plasma) e as células (glóbulos brancos e vermelhos). “Normalmente, o sangue grosso ocorre quando uma pessoa fica desidratada, por exemplo, por jejum prolongado ou por uma gastroenterite. Além disso, há neoplasias hematológicas que causam síndrome de hiperviscosidade (aumento da viscosidade do sangue), como o mieloma múltiplo e a policitemia vera, aumentando o risco de trombose”, esclarece.
A hematologista explica ainda que as células chamadas de plasmócitos, no caso do mieloma múltiplo, produzem imunoglobulinas em excesso. Assim, consequentemente, torna o sangue mais viscoso. Já na policitemia vera, a hiperviscosidade ocorre pela produção em excesso de glóbulos vermelhos.
Sintomas
Em geral, as manifestações clínicas provocadas pelo sangue grosso incluem:
- Cefaléia;
- Turvação visual,;
- trombose nas pernas;
- Embolia pulmonar;
- Em situações mais graves, AVC e IAM (Infarto Agudo do Miocárdio).
Segundo a médica hematologista da clínica AMO de Salvador (BA), a hiperviscosidade e a trombose podem ser prevenidas por meio de hábitos saudáveis. “É muito importante ingerir, pelo menos, 2 litros de água por dia, além de investir em uma alimentação com baixo teor de gorduras, realizar atividades físicas para evitar a obesidade e frequentar consultas médicas regulares ”, adverte a Dra. Emilia Carolina Malafaia.
Para a especialista, há condições que não alteram a espessura do sangue, mas podem aumentar o risco de trombose devido ao fluxo sanguíneo mais lento nos vasos. Por conta de fatores como sedentarismo, obesidade, imobilizações por acidentes, insuficiência cardíaca, ou ainda pela produção de substâncias pró-trombóticas provocadas pelo câncer e pela utilização de hormônios sem indicação médica.
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Como tratar o sangue grosso
O tratamento do sangue grosso, ou até mesmo da trombose, geralmente, requer o uso de medicamentos anticoagulantes que podem ser prescritos por um clínico geral ou hematologista. Além disso, o especialista deve incentivar hábitos para melhorar a qualidade de vida do paciente, a fim de evitar a formação de novos coágulos.
Fonte: Emilia Carolina Malafaia, médica hematologista da Clínica AMO de Salvador (BA).