Sabrina Petraglia revela tumor no ovário após exames. Veja os sintomas
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Sabrina Petraglia, que interpretou Shirlei na novela Haja Coração da rede Globo, contou que descobriu um tumor no ovário. Em uma publicação no Instagram, a atriz tranquilizou os seguidores e revelou que o tumor era benigno e o retirou por meio de cirurgia. Além disso, o procedimento auxiliou a corrigir uma diástase abdominal, a cicatriz da cesárea e “arrumou uma torção na trompa”.
“Tinha uma sensação ruim constante, perdi meu centro de força abdominal e sentia meus órgãos todos soltos depois de 3 gestações seguidas”, escreveu Sabrina, que continuou: “é importante lembrar que o câncer de ovário silencioso. Às vezes a gente não tem sintoma algum e por isso merece atenção. Então, façam exames regulares, preventivos e compartilhem sempre que puderem suas dores, incômodos com médicos, amigos e familiares. Descobri o meu tumor recentemente depois de fazer os exames de rotina pós-parto”, finalizou.
Veja também: Afinal, como usar antibióticos de forma correta?
Quais são os tipos de tumor no ovário?
Os tumores podem ser malignos ou benignos, como o de Sabrina Petraglia. No primeiro caso, o mais comum é o carcinoma epitelial, que se desenvolve a partir das células do tecido do ovário, o epitélio. Por sua vez, os benignos podem ser:
- Teratoma: costumam ser congênitos. Ou seja, nascem com a mulher e são formados por cabelos, unhas, glândulas, nervos e até dentes. Embora sejam inofensivos, podem crescer e atrapalhar a ovulação, além de causar dores e alterações hormonais, se possuírem glândulas.
- Mioma: são de composição sólida e demoram para crescer, mas podem chegar a 7 cm ou mais. Normalmente se manifestam em apenas um dos ovários.
- Cistadenoma: possuem líquido no interior e se instalam na superfície do ovário.
Eles são silenciosos, como afirmou Sabrina Petraglia?
A atriz está correta ao alegar que a maioria dos tumores, malignos ou não, são assintomáticos. De acordo com a FEMAMA, pelo menos 75% das pacientes só descobrem a condição em estágios avançados em ambos os casos.
Contudo, a mulher pode apresentar sintomas inespecíficos, como dor durante as relações sexuais, sensação de peso na pelve, alteração no ciclo menstrual. Além disso, pode haver dor intensa se o tumor for grande e se torcer, quadro chamado torção anexial. Nessa situação, é importante buscar atendimento médico imediato, pois o tumor pode se romper e causar hemorragia.
Diagnóstico
O alerta de Sabrina Petraglia para as mulheres darem atenção aos exames de rotina é importantíssimo. Afinal, o diagnóstico precoce melhora as chances de sucesso do tratamento, caso o tumor seja maligno. Os exames de imagem, como o ultrassom, conseguem identificar a presença de corpos estranhos no sistema reprodutor.
Se houver suspeita de malignidade, o ginecologista pode pedir outros testes, como o exame marcador CA-125, que requer apenas uma amostra de sangue. Se os níveis estiveram acima dos parâmetros, é sinal de que o tumor é maligno.
Portanto, vale o reforço: priorize as consultas semestrais ou conforme orientação de seu médico.
Todo tumor precisa ser removido, como o de Sabrina Petraglia?
Se o tumor for benigno e pequeno, com até 5 cm de diâmetro, a recomendação é apenas monitorá-lo. Todavia, se exceder o tamanho de 5 cm, pode exigir a remoção cirúrgica para prevenir torções e outros inconvenientes.
Já os tumores malignos precisam ser retirados e a mulher necessita de quimioterapia. Além do tratamento convencional, a medicina avançou e o médico pode sugerir medicamentos inibidores de PARP, que atuam como uma quimioterapia oral. Segundo a FEMAMA, esse tipo de terapia mostrou resultados positivos em pacientes com câncer avançado ou metastáticos.
Quais são as causas?
Não há como identificar o motivo responsável pelo tumor, seja ele maligno ou benigno. Mas a medicina relaciona alguns fatores de risco que podem favorecer o diagnóstico. Por exemplo:
- Predisposição genética.
- Sedentarismo e obesidade.
- Idade (mais comum em mulheres de 50 anos, sobretudo os malignos).
- Exposição hormonal de longo prazo. Ou seja, muitas ovulações ao longo da vida (menstruação precoce e menopausa tardia).
- Nunca ter tido filhos.
Referências: FEMAMA; INCA; e Oncoguia.
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