Risco de infarto em quem tem diabetes é até quatro vezes maior
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, o diabetes é um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares. Pessoas que possuem a condição têm a chance aumentada de ter algum evento cardiovascular ou acidente vascular isquêmico: o risco de infarto em quem tem diabetes é duas a quatro vezes maior do que a população geral. Isso porque o acúmulo de glicose pode levar a alterações nos tecidos do coração. Além disso, diversos fatores podem contribuir para esse risco aumentado. Mas a boa notícia é que com controle é possível diminuir o risco dessa e outras complicações.
Leia mais: Afinal, o que é diabetes tipo 2?
Entendendo fatores de risco
A SBD destaca que os principais fatores de risco incluem hipertensão, colesterol alto, histórico familiar de infarto, tabagismo, obesidade e sedentarismo. “A maior frequência de doença cardiovascular na atualidade é decorrente de maus hábitos de vida como alimentação pouco saudável, sedentarismo, consumo de bebidas alcoólicas e tabagismo. Tudo isto resulta em obesidade, diabetes e doença cardiovascular”, explica Laerte Damasceno, endocrinologista e diretor da SBD.
Além disso, a entidade também classifica como risco aumentado para eventos cardiovasculares a presença de complicações do diabetes como doença renal e retinopatia diabética. Contudo, “o principal determinante do risco cardiovascular em pessoas com diabetes sem doença cardiovascular estabelecida é a idade”, destaca a sociedade em suas diretrizes.
Como prevenir o risco de infarto em quem tem diabetes
Uma das medidas mais importante para evitar complicações de saúde é o controle adequado do nível de glicose no sangue. Para isso, inclui seguir uma alimentação balanceada, praticar atividade física e tomar os medicamentos prescritos pelo médico. A endocrinologista Monike Dias, destaca que, além de cuidar da glicemia, é importante olhar para outros fatores, também. “É importante manter os níveis de colesterol e pressão arterial dentro das metas”, conta. “Além disso, é claro, parar de fumar e a atividade física deve ser incluída, já que ajuda a controlar tanto a glicose, quanto o colesterol e a pressão.”
Em quem já teve algum infarto, a especialista faz o alerta para a importância de usar medicações preventivas de novos infartos, como os anticoagulantes. Apesar de não ter cura, o diabetes é uma doença que é possível ser controlada e muitos pacientes conseguem viver de forma muito saudável e com qualidade de vida. Além disso para ajudar pacientes e familiares, no site da SBD, há um guia completo de como melhorar o controle glicêmico e otimizar o seu tratamento.
Leia também: Guia na hora da consulta: o que perguntar sobre diabetes tipo 2
Fontes: Monike Dias, endocrinologista e professora da Universidade Federal de Goiás e Laerte Damasceno, endocrinologista e diretor da SBD.
Referência: Sociedade Brasileira de Diabetes