Reforço contra Covid: quase 69 milhões não completaram vacinação
Um comunicado recente do Ministério da Saúde acende um alerta para a saúde da população brasileira. De acordo com dados da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), cerca de 69 milhões de pessoas ainda não receberam a dose de reforço contra o Covid-19.
Desse número, mais de 30 milhões não aplicaram a segunda dose de reforço, que seria a “quarta dose” da vacina. Além disso 19 milhões de pessoas sequer buscaram a segunda dose do esquema vacinal primário. Ou seja, só tomaram uma dose do imunizante.
“Reitero o pedido para que os brasileiros completem o esquema vacinal. Os imunizantes são seguros, eficazes e evitam complicações e mortes ocasionadas pelo coronavírus”, declarou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, em seu primeiro discurso na última segunda-feira (02).
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Dose de reforço contra Covid precisa ser prioridade
No ápice da pandemia, a vacina foi a uma salvação para milhões de pessoas. Afinal, o imunizante diminui os riscos de transmissão do vírus, assim como possíveis complicações.
Contudo, com o passar do tempo, é importante receber a dose de reforço contra o Covid, pois a proteção vacinal entra em declínio. Com as vacinas em dia, a resposta imunológica contra o vírus volta a ser eficaz. Dessa forma, a imunidade de rebanho se fortalece.
Ou seja, não basta que poucas pessoas se vacinem para garantir a segurança. A adesão da vacina precisa ser coletiva para enfraquecer a disseminação do vírus.
Cobertura vacinal
Até agora, 163 milhões de indivíduos tomaram a segunda dose ou dose única da vacina, o equivalente a 79% da população. Quanto à primeira dose de reforço, 102,5 milhões foram aplicadas. A segunda dose de reforço – ou dose adicional – soma 45,2 milhões de aplicações.
Se você ainda não completou todas as etapas da vacina, compareça a uma unidade de saúde com o último comprovante de vacinação ou carteirinha e documento com foto. Principalmente os grupos de risco — idosos, pessoas com comorbidades e imunossuprimidas — precisam dessa proteção.
Afinal, estão mais suscetíveis ao agravamento da infecção por Covid-19, que pode causar complicações respiratórias e diversas sequelas.
As crianças também precisam da vacina, assim como a dose de reforço contra a Covid. Nesse sentido, o Ministério da Saúde recomenda a vacina contra a Covid-19 para todos os pequenos de 6 meses a menores de 5 anos com o imunizante Pfizer-BioNTech.
De acordo com a Nota Técnica publicada pela Pasta, a ampliação da vacinação para as crianças será escalonada e conforme a disponibilidade das doses.
A Saúde distribuiu cerca de um milhão de doses para essa faixa etária, e crianças com comorbidades terão prioridade, como já estava ocorrendo desde outubro de 2022. Para crianças sem comorbidades, a imunização será por por faixa etária:
- 6 meses a menores de 1 ano.
- 1 ano a 2 anos de idade.
- 3 anos.
- 4 anos.
Além disso, o documento aponta que o esquema de vacinação primário deve possuir três doses. As duas doses iniciais devem ser aplicadas com quatro semanas de intervalo. Por sua vez, a terceira dose precisa de pelo menos oito semanas após a segunda aplicação para esta faixa etária.
Referência: Ministério da Saúde.