Quimioterapia: o que é, como é feita e efeitos colaterais
O tratamento do câncer envolve diferentes formas, como a cirurgia, a radioterapia, mas também a quimioterapia, uma das alternativas terapêuticas mais conhecidas e utilizadas. Além disso, em muitos casos, os médicos podem combinar essas terapias para potencializar os resultados. Vamos entender melhor como funciona a quimioterapia, que vem evoluindo bastante nos últimos anos e pode ser até por via oral.
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O que é a quimioterapia?
Basicamente, a quimioterapia utiliza medicamentos para combater o câncer. De acordo com o Inca, esses medicamentos se misturam com o sangue e vão destruindo as células que formam o tumor. Além disso, ajuda a evitar que o câncer se espalhe.
Não é somente para tratar câncer
Uma coisa que poucas pessoas sabem é que os medicamentos quimioterápicos também são utilizados para tratar doenças autoimunes, como a esclerose múltipla e a artrite reumatoide.
Como é feita a quimioterapia?
O tratamento é feito em ciclos, com aplicações que podem ser diárias, semanais ou mensais. Em geral, um ciclo de quimioterapia dura algumas semanas e depois há um período de descanso, para que o corpo possa se recuperar.
Via oral
São comprimidos, cápsulas ou líquidos que os pacientes podem tomar em casa.
Intravenosa
A medicação é aplicada na veia, na forma de injeções ou dentro do soro.
Intramuscular e subcutânea
A medicação é aplicada por meio de injeções diretamente no músculo ou abaixo da pele, acima do músculo.
Intratecal
Essa modalidade é pouco comum, mas consiste na aplicação diretamente no liquor, o líquido da espinha dorsal.
Tópica
A quimioterapia também pode ser aplicada como líquido ou pomada diretamente na pele.
Possíveis efeitos colaterais da quimioterapia
As reações colaterais vão variar de acordo com os medicamentos utilizados, as doses e o organismo de cada paciente. Contudo, alguns efeitos são bastante comuns e já esperados.
Por isso, confira os principais efeitos colaterais da quimioterapia:
Náuseas e vômitos
Uma das mais frequentes reações ao uso de quimioterápicos, pode acontecer por irritação do estômago, ou pela ação no sistema nervoso central. Para ajudar no controle das náuseas, os médicos prescrevem medicações durante a própria quimioterapia e após.
Mas algumas dicas podem ajudar a melhorar os enjoos:
- Faça pequenas refeições ao longo do dia, mas também evite beber líquido próximo às refeições, para não distender o estômago;
- Evite comidas gordurosas ou frituras;
- Mastigue lentamente os alimentos e, além disso, fique em posição sentada após as refeições;
- Beba suco de frutas gelado ao longo do dia;
- Evite bebidas gasosas;
- Evite exposição a cheiros fortes (fumaça, perfumes, frituras etc.);
- Vista roupas folgadas, evitando comprimir o abdome.
Queda de cabelo
Apesar de ser bem comum, nem sempre acontece e vai variar de acordo com o tipo de medicamento utilizado. Alguns pacientes podem ter queda parcial dos fios, deixando-os mais ralos e outros a queda completa. Geralmente, a queda começa a partir da segunda ou terceira semana do tratamento. Todavia, é importante destacar que a queda é transitória: quando é finalizado o tratamento com quimioterapia, os cabelos voltam a crescer.
O uso de touca com resfriamento pode ajudar a evitar ou minimizar a queda dos fios. Além disso, outros cuidados são:
- Utilizar xampus suaves e escovas de cerdas macias;
- Proteger o couro cabeludo da luz do sol;
- Aplicar pouco calor quando utilizar o secador de cabelos.
Infecções
Como a quimioterapia diminui a imunidade do corpo, o paciente pode ficar suscetível a desenvolver infecções. Por isso, ao sinal de qualquer infecção procure imediatamente o pronto-socorro para uma avaliação completa. É muito importante que o paciente e os parentes que o acompanham não menosprezem os sintomas. Com diagnóstico precoce, é possível evitar complicações.
Alterações na pele e nas unhas
Alguns pacientes podem apresentar coceira, vermelhidão, ressecamento e descamação da pele. Além disso, as unhas podem se tornar mais escuras e quebradiças. Essas são reações a alguns medicamentos quimioterápicos. Por isso, especialistas recomendam evitar exposição ao sol e utilizar sempre protetor solar para evitar piorar os sintomas.
Cansaço e fadiga
Muitos pacientes podem apresentar sinais de cansaço, que vão além da própria doença. Isso porque o próprio tratamento e a anemia, presente em muitos casos, podem causar esses sintomas. Outra possível causa é a depressão, que costuma também causar sintomas de fadiga extrema. Por isso, diante de qualquer sinal, converse com sua equipe médica. Com tratamento adequado, é possível minimizar esses sintomas.
Referência: Inca e Hospital Albert Einstein