Entenda por que o Brasil corre risco de ter uma quarta onda da Covid-19

Saúde
30 de Maio, 2022
Entenda por que o Brasil corre risco de ter uma quarta onda da Covid-19

O aumento dos casos de coronavírus em todas as regiões do Brasil traz à tona a possibilidade de vivermos a quarta onda da Covid-19 no país. Um dos dados que evidenciam isso é do boletim InfoGripe Fiocruz, divulgado no dia 26 de maio, em que “48% das ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) registradas nas últimas quatro semanas são em função da Covid-19”, conforme relata o documento.

Na mesma semana, a epidemiologista Ethel Maciel concedeu uma entrevista à rádio CBN, em que afirmou que o Brasil tem indícios significativos para ingressar em uma nova onda da doença. A quarta fase da enfermidade já foi decretada na Argentina, por exemplo.

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Os possíveis motivos da quarta onda da Covid

De acordo com a especialista, o cenário brasileiro está mais positivo quando comparado a fases anteriores da doença. Todavia, a cobertura vacinal continua desigual entre as regiões do país. “Estados que têm menos pessoas vacinadas contribuem para o espalhamento do vírus com mais casos graves e internações”, segundo a epidemiologista.

Além disso, há também a evidência de que a taxa de transmissão – conhecida como Rt – ficou acima de 1. O número não apresentava esse acréscimo desde fevereiro que, consequentemente, indicava uma estabilidade da doença uma vez que ele significa que o contágio está acontecendo de uma única pessoa para outra.

Agora, com o aumento do Rt, o que acontece é que um indivíduo infectado pode acabar levando à contaminação de mais de um. Portanto, o objetivo é fazer com que esta taxa reduza para manter a estabilidade dentro do país.

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O que fazer diante do aumento de casos de coronavírus?

De acordo com Carissa F. Etienne, diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), os casos de Covid-19 continuam aumentando na região das Américas. Isso faz com que seja necessário reforçar medidas de vigilância, fortalecer o sistema de saúde e principalmente vacinar a população.

“Cada país está tão protegido quanto os mais vulneráveis de sua população. É hora de fazer um balanço desses números e agir. A COVID-19 está novamente em ascensão nas Américas”, declarou Carissa.

A representante também fala sobre a relevância do monitoramento da doença, principalmente com a disponibilidade de autotestes. Além disso, o planejamento do sistema de saúde é fundamental. Dessa forma, as unidades de terapia intensiva (UTIs) e os hospitais conseguem socorrer pessoas infectadas, caso haja um aumento repentino de casos.

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