Quarta dose de vacina contra a Covid-19: o que se sabe até agora
Tão logo a pandemia começou, especialistas e autoridades médicas já apontavam que apenas uma dose de vacina contra o coronavírus não seria suficiente. Caminhando para completar dois anos desde que Organização Mundial da Saúde anunciou o início da pandemia, não só a segunda dose se mostrou fundamental, como também a terceira e a quarta dose de vacina contra a Covid-19 entraram no calendário vacinal.
A quarta dose mostrou-se necessária logo após evidências científicas apontarem uma tendência a redução da efetividade das vacinas com o passar do tempo. Nesse sentido, a dose de reforço amplifica a resposta imunológica do organismo, oferecendo maior proteção, especialmente para a população imunossuprimida, que pode não apresentar uma resposta vacinal adequada.
Ministério da Saúde anuncia quarta dose da vacina
De acordo com Ministério da Saúde, pessoas imunossuprimidas vão receber quarta dose de vacina contra a Covid-19 no Brasil. Dessa forma, todos os indivíduos com mais de 18 anos nessas condições poderão receber a dose de reforço.
No entanto, como já foi estabelecido pelo órgão oficial, deve-se aguardar quatro meses após a última dose do esquema vacinal (duas doses + dose adicional) para tomar a nova dose de vacina. Além disso, a quarta dose deverá ser, preferencialmente, com a vacina da Pfizer. Do mesmo modo, poderão ser aplicadas, de forma alternativa, as vacinas da Janssen ou AstraZeneca.
Quem são os imunossuprimidos?
São considerados pessoas imunossuprimidas, aquelas:
- Com imunodeficiência primária grave
- Em quimioterapia para câncer
- Transplantados
- Que fazem uso de drogas imunossupressoras
- Portadoras de HIV/Aids.
- Pacientes em uso de corticóides (doses ≥20 mg/dia de prednisona, ou equivalente, por ≥14 dias)
- Pessoas que usam drogas modificadoras da resposta imune (confira nessa tabela do Ministério da Saúde);
- Pacientes com condições auto inflamatórias e doenças intestinais inflamatórias;
- Pessoas em hemodiálise;
- Pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas.
Dose de reforço antecipada
O Ministério da Saúde também decidiu, recentemente, reduzir de cinco para quatro meses o intervalo na aplicação entre a segunda e a terceira dose, também chamada de dose de reforço. A mudança foi anunciada após o avanço da variante Ômicron no Brasil. O reforço poderá ser aplicado em qualquer pessoa maior de 18 anos que tenha recebido as duas doses de vacina. Por fim, o órgão reforça ainda a importância de se completar o ciclo vacinal e pede àqueles que tomaram apenas a primeira dose para retornarem aos postos de vacinação.
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