As dores de cabeça são relativamente comuns e não necessariamente indicam alguma doença. Entre as causas, podemos destacar o sono irregular, estresse, exposição a ruídos altos, entre outros, mas assim como qualquer alteração física em nosso corpo, é importante sempre prestar atenção nos sintomas e em como eles se manifestam. Afinal, como saber quando a dor de cabeça é preocupante?
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De acordo com um estudo recente da Organização Mundial da Saúde, a dor de cabeça é o problema de saúde mais comum em todo o mundo. “Normalmente, as dores de cabeça são benignas e desaparecem sozinhas ou com medidas simples, como repouso e analgésicos. Mas é sempre importante ficar atento, pois em alguns casos, uma dor de cabeça pode ser um sintoma de um problema que exige uma opinião médica”, comenta o Dr. Antônio Araújo, neurocirurgião.
Mas afinal, como saber se a dor de cabeça deixou de ser “comum” e merece uma atenção maior? O especialista listou seis situações em que esse sintoma precisa ser informado ao médico. Confira:
Um sinal de alerta para a sua dor tem a ver com a intensidade, de acordo com o neurocirurgião. “Quando o incômodo for muito forte, ou vai ficando forte ao longo do dia, é preciso ficar atento, pois as dores súbitas podem indicar condições graves, como hemorragias, meningite ou AVC. Além disso, essas dores podem indicar ainda mais gravidade se acompanhadas de outros sintomas”, opina o Dr. Araújo.
A alteração na visão é um sintoma que pode acompanhar a dor de cabeça tanto em casos menos graves, como problemas oculares até casos mais graves. “Só um especialista poderá diagnosticar a dor de cabeça, mas quando ela vem acompanhada de alteração na visão, é recomendável procurar um médico”, comenta ele.
Qualquer dor ou sintoma que apareça deve ser investigado quando se torna persistente e com a dor de cabeça não é diferente, não só pela possibilidade de se tratar de alguma condição grave, mas porque pode atrapalhar a qualidade de vida e as atividades diárias.
“Uma dor persistente ou que aparece com frequência pode indicar casos crônicos de enxaqueca e cefaleias, por exemplo. Com um tratamento adequado, essas pessoas podem viver com uma boa qualidade de vida”, comenta o neurologista.
As dores alternadas também merecem uma atenção especial. Segundo o Dr. Araújo, se sua dor muda de local, intensidade, frequência ou qualquer outra característica, isso pode indicar um problema subjacente. “Nesse caso, é importante procurar ajuda para descartar que a causa seja algo mais grave”.
O agravamento da dor de cabeça com atividades físicas, como musculação, corrida, ou outros esforços físicos, caso se torne frequente, pode indicar problemas que vão além de doenças neurológicas. “Nesse caso, é necessário investigar problemas vasculares, neurológicos, entre outros”, finaliza.
Fonte: Dr. Antônio Araújo, neurocirurgião da Clínica Araújo & Fazzito.