Qualquer anticoncepcional pode causar câncer de mama, diz estudo
Um dos métodos mais utilizados pela mulheres, a pílula contraceptiva e outras alternativas com hormônio não possuem apenas a função de prevenir uma gravidez, mas pode ser útil em alguns tratamentos. Contudo, apesar de sua utilidade, um estudo recente fez uma descoberta preocupante: qualquer anticoncepcional pode elevar a incidência de câncer de mama.
Uma pesquisa britânica publicada na revista PLOS Medicine mostrou que todos os tipos de pílula, tanto a de progesterona quanto a combinada com estrogênio, são fatores de risco para a neoplasia.
Além disso, de acordo com o estudo, as mulheres que também utilizam DIU hormonal, injeção ou implante são de 20% a 30% mais vulneráveis ao câncer de mama. Saiba mais a seguir.
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Qualquer anticoncepcional com hormônio traz riscos, mas depende do contexto
Embora o achado seja um alerta para a saúde feminina, o estudo reforça que a probabilidade existe, mas é pequena se comparada com os benefícios. Por exemplo, a pílula e demais meios hormonais podem prevenir outros tipos de câncer, como o de ovário e o de endométrio.
A discussão sobre a relação entre uso de pílula contraceptiva e câncer de mama não é de hoje. Contudo, faltavam estudos que avaliassem qualquer tipo de anticoncepcional, pois até então só se observava o impacto de pílulas de progesterona.
Agora, os cientistas puderam verificar o risco de forma ampla, incluindo a análise de DIU hormonal, injeções e implantes contraceptivos.
Outro fator que pode colaborar para o desenvolvimento do câncer de mama é a idade e o uso prolongado de um anticoncepcional hormonal.
Na prática, as mulheres que tomaram os anticoncepcionais por cinco anos entre os 16 e os 20 anos, ocasionou em oito casos de câncer de mama a cada 100 mil pessoas. Por sua vez, entre os 35 e 39 anos, foram 265 casos a cada 100 mil mulheres.
Para entender a estatística, os cientistas investigaram informações de quase 10 mil mulheres abaixo dos 50 anos, com histórico de câncer de mama entre 1996 e 2017 no Reino Unido.
Interromper o uso diminui o fator de risco
Apesar do alerta, os autores do estudo ainda checaram outra variável: como o organismo feminino se comporta caso abandone métodos hormonais de contracepção?
Como resultado, os pesquisadores notaram o declínio do risco para a doença. Entretanto, esse efeito foi perceptível após alguns anos de interrupção do hormônio contraceptivo.
Se qualquer anticoncepcional com hormônio pode ser perigoso, o que fazer?
O estudo não foi feito com o objetivo de desencorajar o uso de contraceptivos hormonais, mas de ponderar risco e benefício. Os próprios autores informaram que a incidência é pequena se analisar o anticoncepcional de maneira isolada.
Portanto, você não precisa considerar outras opções de prevenção, a não ser que se sinta desconfortável em prosseguir dessa forma. O método hormonal oferece benefícios em muitos aspectos, mas nem todas as mulheres são elegíveis.
De qualquer maneira, é importante conversar com seu ginecologista sobre o tema e analisar as possibilidades.