Poliomielite em Nova York: governo declara estado de emergência

Saúde
09 de Setembro, 2022
Poliomielite em Nova York: governo declara estado de emergência

A presença de amostras do vírus da poliomielite em Nova York fez com o governador, Kathy Hochul, declarasse estado de emergência nesta sexta-feira (9). Encontrou-se o conteúdo da doença no esgoto de três municípios diferentes.

Até o momento, sabe-se que se coletaram as amostragens em abril deste ano, nos condados de Orange, Sullivan e Rockland. Logo, conclui-se que o vírus já estava presente no estado antes do caso da doença confirmado em julho, na última região citada.

A declaração de estado de emergência faz com que a vacinação contra o vírus, responsável pela paralisia infantil, possa ser administrada por profissionais de saúde de diferentes categorias. Eles citam, por exemplo, farmacêuticos e parteiras. Dessa forma, o objetivo é fazer com que a cobertura vacinal contra a doença na região seja maior. Além disso, a sinalização permite que autoridades entendam para onde os esforços devem ser direcionados.

Leia mais: Poliomielite: o que é, sintomas e como prevenir a paralisia infantil

Poliomielite em Nova York: Brasil também enfrenta o problema

Em território brasileiro, a imunização contra a pólio também está em pauta. O medo que se instala na comunidade médica é em decorrência da baixa taxa de proteção contra a doença.

A Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite e Multivacinação acabaria na última quinta-feira (8). No entanto, apenas 34,4% das crianças elegíveis – de 1 ano a menores de 5 – receberam as doses previstas contra a enfermidade. Por isso, pais podem continuar levando seus filhos aos postos de saúde para atualizarem a carteirinha de imunização até o dia 30 de setembro.

Até o momento, o Brasil faz parte dos seis países com alto risco de retorno do vírus da paralisia infantil. Ele divide o ranking com Argentina, Bolívia, Equador, Panamá e Paraguai. Como dito anteriormente, isso se dá porque o território brasileiro enfrenta um forte movimento anti-vacina e, como resultado, as taxas de imunização estão cada vez menores.

Em entrevista anterior à Vitat, Claudia Valente, membro do Departamento Científico de Imunização da ASBAI – Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, explicou que 30% das crianças menores de um ano não estão vacinadas contra a poliomielite. Além disso, 40% não receberam o reforço dado no primeiro ano de vida bem como 55% não tiveram a dose adicional dada aos quatro anos.

Fontes: The New York Times, CNBC, G1 e Estadão.

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