Como saber se uma pinta pode ser câncer de pele
Quem nunca passou pela situação de olhar uma pinta no próprio corpo e ficar na dúvida se ela precisava de uma avaliação dermatológica ou se era apenas um sinalzinho comum? Para não ter mais esse tipo de aperto, veja aqui como saber se uma pinta pode ser câncer de pele. Mas, lembrando que, apesar das dicas a seguir, nunca deixe de consultar um médico para um diagnóstico certeiro.
O ABC da pinta
O câncer de pele é uma doença que não tem sintomas no organismo – a não ser que já esteja na fase de metástase e tenha afetado algum outro órgão além da pele. Por isso, a observação das pintas é tão importante.
Assim, de forma geral, há uma maneira simples de avaliar as possibilidades da sua pinta ser ou não um tumor. Ela é representada pelas letras iniciais do alfabeto, o que facilita sua memorização. Ou seja, se qualquer uma dessas características estiver presente, procure um dermatologista o mais rápido possível:
A – ASSIMETRIA
Se a pinta for redondinha, são menores as chances de ser algo grave. Mas, caso contrário, alerta vermelho!
B – BORDAS
Suspeite se elas forem irregulares ou recortadas.
C – CORES
A pinta tem cores diferentes? Então, consulte um médico.
D – DIÂMETRO
Pintas com mais de 0,6 cm de diâmetro têm mais risco de serem tumores malignos.
E – EVOLUÇÃO
Qualquer pinta que aumente de tamanho ou passe por alguma modificação deve ser investigada.
Estes não são os únicos sinais para saber se uma pinta pode ser câncer de pele
Segundo a dermatologista Paola Pomerantzeff, além das pintas, existem outros sinais na pele que também podem indicar a presença de um câncer. “Às vezes, uma marca parecida com uma espinha, mas que não cicatriza, pode ser um câncer do tipo basocelular. Além disso, uma lesão de pele áspera e vermelha, que também não melhora, pode ser um Bowen (outro tipo de tumor)”.
E sobre pintas que não possuem nenhuma dessas características? Nestes casos, elas devem ser avaliadas separadamente. “Pois, existem, sim, características que só podem ser vistas por meio de um dermatoscópio e que podem indicar sinais de malignidade”, completa a médica.
Assim, mesmo que a olho nu a pinta não apresente indícios de que pode ser um câncer, dependendo da avaliação do médico, o ideal é fazer a remoção da pinta e encaminhá-la para um exame mais detalhado. “Mas, muitas vezes, ela pode ser displásica (com chance de se tornar câncer)”, explica Paola.
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Pinta pode ser câncer de pele: proteger-se ainda é a melhor defesa
O diagnóstico precoce do câncer de pele é uma das maiores vantagens na cura da doença. Ou seja, dependendo do estágio, basta a remoção cirúrgica para se ver livre dela.
Mas, não custa lembrar que se proteger ainda é muito melhor do que passar sufoco observando o corpo para saber se uma pinta pode ser câncer de pele. Dessa forma, evite a exposição solar entre 10h e 16h, use filtro solar com FPS entre 30 e 60 e abuse de chapéus, bonés e roupas com proteção UV.
Fonte: Paola Pomerantzeff é dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD)