Pílula do dia seguinte: Quando, como tomar e outras dúvidas
No mundo de hoje, é mais que comum as mulheres usarem a pílula do dia seguinte como um método contraceptivo de emergência. Mas você sabe exatamente para quê essas pílulas servem e como elas funcionam?
Segundo a Dra. Isabella Albuquerque, ginecologista e obstetra da Pineapple Medicina Integrativa, a pílula do dia seguinte é um método emergencial de contracepção. Assim, oferece às mulheres uma maneira de prevenir a gravidez não planejada após uma relação sexual desprotegida ou na suspeita de falha do método habitual. Como por exemplo, rompimento de preservativo ou esquecimento da pílula anticoncepcional.
Existem duas formulações diferentes para a pílula do dia seguinte: o método de Yuzpe utiliza uma pílula combinada com dois hormônios (etinilestradiol e levonorgestrel), presentes também em algumas formulações de pílulas habituais, mas em uma dosagem bem mais elevada, utilizada com intervalo de 12 horas entre duas doses. Por outro lado, o método com progestágeno isolado utiliza apenas o levonorgestrel em uma dose também elevada. “Independente da formulação, as pílulas emergenciais devem ser administradas o mais próximo possível da relação sexual desprotegida, apresentando perda de eficácia com o passar das horas”, continua ela.
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O que acontece depois de tomar a pílula do dia seguinte?
A partir daí, o efeito da pílula varia em função da fase do ciclo menstrual em que a mulher se encontra, podendo adiantar a menstruação ou atrasá-la. “Dessa forma, pode ser que haja um sangramento tipo menstrual na mesma semana da utilização da pílula ou mesmo um mês depois. Caso após esse tempo nada tenha acontecido, é recomendável procurar um médico e avaliar a possibilidade de gestação”, explica a especialista.
Importante notar também que é possível que essas pílulas gerem alguns efeitos colaterais. Por conterem uma dosagem alta de hormônios, elas podem gerar náuseas e vômitos, irregularidade menstrual, sangramentos, diarreia ou dor de cabeça.
Além disso, é preciso ter em mente é que a pílula do dia seguinte não é garantia de que a mulher não vai engravidar. “Como todo método contraceptivo, a pílula do dia seguinte não é isenta de falhas. Independente da dosagem, a eficácia diminui em função do atraso na sua administração após a relação sexual”, diz ela. “Preferencialmente, deve ser utilizada em no máximo 72h, embora após 24h ela já perca quase metade de sua eficácia. Por isso, pode não ser tão efetiva quanto o uso habitual de um método contraceptivo.”
Fonte: Dra. Isabella Albuquerque, ginecologista e obstetra da Pineapple Medicina Integrativa.