8 causas de paralisia do sono e como tratar

Bem-estar Sono
12 de Setembro, 2024
8 causas de paralisia do sono e como tratar

Enquanto dorme, você já sentiu a sensação de ter algo o prendendo a ponto de não conseguir acordar e mexer os músculos? Esses são alguns dos sintomas de uma condição chamada paralisia do sono, que caracteriza-se pelo despertar repentino junto com a sensação de medo intenso.

De acordo com a Academia Americana de Medicina do Sono, há estudos que apontam que entre 15% a 40% de determinada população mundial podem vivenciar alguma situação desse distúrbio ao longo da vida.

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O que é paralisia do sono?

Esse distúrbio ocorre quando uma pessoa desperta durante a fase REM (Rapid Eye Movement) do sono, mas seu corpo permanece “paralisado”, o que é um mecanismo natural para evitar que nos movamos enquanto sonhamos. Nesse estado, o indivíduo está consciente, porém incapaz de se mover ou falar, o que pode ser extremamente angustiante.

Quais os sintomas?

A paralisia do sono acontece quando o cérebro desperta antes do corpo, com a fase de mudança entre o “estado de sono” para o de “vigília”.

Ou seja, a pessoa está cognitivamente desperta, mas apresenta emoções, pensamentos e sensações de imobilidade muscular – menos de seus olhos e respiração. Além disso, também é possível apresentar alucinações auditivas, visuais ou táteis. O tempo de duração pode variar de segundos a dois minutos.

8 causas da paralisia do sono

1. Narcolepsia

A causa mais comum é a narcolepsia. Ou seja, a sonolência excessiva durante o dia, causado por uma alteração no equilíbrio de algumas substâncias químicas cerebrais. De acordo com a psicóloga Fernanda Mancini: “Nessa situação a pessoa entra na fase do sono REM de forma abrupta, pulando a etapa do sono de ondas lentas, ocasionando o distúrbio”.

2. Privação de sono

Uma das causas mais comuns da paralisia do sono é a privação de sono. Dormir pouco ou ter uma rotina de sono desregulada pode aumentar as chances de entrar em estado de paralisia ao acordar. Quando não dormimos o suficiente, o ciclo do sono REM é afetado, o que pode resultar nessa condição.

3. Alterações na rotina de sono

Mudanças repentinas na rotina de sono, como trocar os turnos de trabalho ou viajar para fusos horários diferentes, também podem desencadear a paralisia do sono. Essas variações podem desregular o ciclo circadiano, que controla o relógio biológico do corpo, facilitando a ocorrência do problema.

Leia mais em: Como a qualidade do sono afeta a saúde mental

4. Distúrbios do sono, como apneia

A apneia do sono e outros distúrbios do sono, como a insônia e a narcolepsia, estão associados a episódios de paralisia do sono. Essas condições prejudicam a qualidade do sono e afetam diretamente as fases mais profundas, como o sono REM, onde a paralisia acontece.

4. Estresse e ansiedade

O estresse e a ansiedade são grandes vilões da saúde mental e também podem contribuir para a paralisia do sono. O estado constante de alerta causado pelo estresse altera o equilíbrio hormonal e interfere na qualidade do sono, aumentando a chance de episódios de paralisia.

5. Padrões irregulares de sono, como o sono fragmentado

Dormir de maneira fragmentada, acordando e voltando a dormir repetidas vezes, pode aumentar a probabilidade de paralisia do sono. Isso porque o sono não segue seu ciclo natural, o que facilita o despertar durante o estágio REM, onde o corpo ainda está paralisado.

6. Posição de dormir

Dormir de barriga para cima (posição supina) pode aumentar a probabilidade do surgimento do distúrbio. Estudos indicam que essa posição favorece a interrupção da respiração e aumenta a sensação de imobilidade ao despertar, o que pode desencadear episódios de paralisia.

7. Uso de substâncias

O consumo de substâncias que afetam o sistema nervoso, como álcool, drogas recreativas e certos medicamentos, pode alterar o ciclo do sono e levar à paralisia. Essas substâncias interferem na profundidade e regularidade do sono, aumentando a probabilidade de episódios de paralisia.

Tratamento e como evitar a paralisia do sono

Quem sofre com o distúrbio deve fazer uma avaliação médica para ser descartada a hipótese de algum tipo de narcolepsia. Contudo, caso seja descartada, é investigada a qualidade do sono para identificar a possível alteração.

De acordo com a psicóloga: “Quando a paralisia do sono é constatada como um sintoma isolado, é importante que a pessoa organize de forma saudável seus horários. Visando a manutenção do sono, com uma duração mínima de 7 horas”. Logo, é necessário evitar atividades estimulantes no período noturno, como exercício físico, festas frequentes, trabalho ou uso de aparelhos eletrônicos.

Por fim, a terapia também pode auxiliar o paciente a lidar com suas emoções e sensações, promovendo um sono de melhor qualidade.

Fonte: Fernanda Mancini, psicóloga da Clínica Maia.

Sobre o autor

Julia Moraes
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em fitness, saúde mental e emocional.

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