Pais de crianças autistas: dicas para curtir o carnaval

As crianças autistas têm sensibilidades que merecem atenção, sobretudo no Carnaval, mas muitos pais não sabem como lidar. Nesse período, existe uma onda de estímulos sensoriais intensos, com muitas cores, aglomerações e sons altos. De acordo com o Dr. Fabiano de Abreu Agrela, mestre em psicologia, o carnaval pode gerar estímulos desconfortáveis para pessoas autistas, mas com alguns cuidados ele pode trazer enriquecimento ambiental e convívio social para as crianças e adolescentes.

“O período de carnaval tem vários estímulos, algo que para crianças autistas pode ser bastante complicado. Isso porque as luzes brilhantes, barulhos altos e multidões podem ser desconfortáveis. No entanto, com alguns cuidados, esse período pode se tornar enriquecedor e estimular o convívio social dos filhos com a condição”, afirma.

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4 dicas para pais de crianças autistas no carnaval

Espaço seguro

“Você deve escolher um local a dedo para levar uma criança autista. Então, opte por locais específicos para crianças, ou, se possível, para crianças autistas. Isso porque são festas que, em geral, possuem menos movimento, músicas mais baixas, menos poluição visual. Além disso, fique sempre atento às sensibilidades da criança e, quando possível, encontre um ambiente seguro em meio às festas, permitindo que ela se retire para se acalmar por um tempo, caso necessário”, destaca Fabiano.

Pais de crianças autistas devem ter uma comunicação clara

“Utilize uma linguagem clara e simples para explicar as atividades antecipadamente. Explique como será o local e que ele pode contar com a sua ajuda caso se sinta desconfortável, sempre estimulando a interação social com outras pessoas”.

Adaptações sensoriais

“Proteja a criança de estímulos potencialmente desconfortáveis, como luzes brilhantes ou barulhos altos, usando protetores auriculares, óculos de sol e outros recursos adaptativos de acordo com cada local”.

Observe o ritmo da criança

“Cada criança autista tem um ritmo diferente e reage de forma diferente aos estímulos do ambiente. Por isso, ao chegar ao local, dê uma volta com a criança aos poucos para fazer um ‘reconhecimento’. Além disso, deixe-o próximo a você a menos que ele se impulsione para locais de brincadeiras, por exemplo”, explica Dr. Fabiano de Abreu Agrela.