Oxigenoterapia hiperbárica: entenda o procedimento
Muito utilizada por atletas de alta performance, como jogadores de futebol, a oxigenoterapia hiperbárica acelera a recuperação de lesões, cicatrizes e infecções. Trata-se de um tratamento adjuvante, isto é, que é administrado após um tratamento considerado definitivo, como cirurgias. Dessa forma, não exclui o uso de antibióticos, nem de curativos. Entenda mais sobre o procedimento.
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Como funciona a oxigenoterapia hiperbárica?
Primeiramente, o paciente entra em uma câmara. Então, recebe de duas a três vezes a pressão atmosférica normal, o que significa um mergulho de cerca de 15 metros de profundidade em um ambiente rico em oxigênio puro.
De acordo com o Dr. José Branco, se o paciente medir sua pressão de oxigênio no sangue antes de entrar na câmara, ela estará em 99%, aproximadamente. Porém, ao fazê-lo durante a oxigenoterapia, a pressão de oxigênio atinge mais de 2000%. Esse aumento de oxigênio ajudará no processo de cicatrização de feridas. Por isso, diminui a inflamação, previne infecções e complicações, e melhora a função dos tecidos afetados.
Indicações do procedimento
Uma das principais indicações da OHB é a melhora da oxigenação nos tecidos e estímulo à cicatrização. Por exemplo, em lesões com isquemia (falta de oxigênio), que ocorre em condições como nas úlceras de pressão, queimaduras, pé diabético, osteomielite, feridas de difícil cicatrização, enxertos, lesões por radiação, dentre outras.
Contraindicações da oxigenoterapia hiperbárica
A principal contraindicação ao tratamento é caso o paciente possua pneumotórax não tratado. Isso porque ao colocar um paciente em uma câmara e alterar a pressão ao seu redor, pode resultar na ocorrência de um pneumotórax hipertensivo na subida de pressão, que pode se tornar uma ameaça. Dessa maneira, os pacientes com essas condições devem se tratar antes de realizar o procedimento.
Por fim, o especialista reforça que a oxigenoterapia hiperbárica deve ser feita sob supervisão por profissionais treinados e qualificados para minimizar os riscos e maximizar os benefícios para o paciente.
Fonte: Dr. José Branco, médico infectologista e Presidente da Sociedade Médica de Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB).