Overtraining: Os perigos de treinar em excesso
Praticar atividades físicas regularmente é essencial para manter um estilo de vida saudável. Mas você sabia que fazer exercícios demais pode causar riscos à sua saúde?
“Quando isso ocorre, na maioria das vezes por falta de informação ou orientação correta, pode ocasionar o conhecido overtraining ou Síndrome do Sobretreinamento”, explica Rodrigo Araújo Campos, coordenador técnico da academia Bodytech.
O fenômeno do overtraining acontece quando há um desequilíbrio entre a demanda do exercício e o período de recuperação. Ou seja, a pessoa ultrapassa seu limite sem dar ao corpo o devido descanso.
“Nada em excesso faz bem e isso não é diferente com os exercícios físicos. Quando levamos a prática de atividade a um nível superior àquele que nosso corpo suporta, tanto em volume quanto em intensidade, geramos processos de fadiga decorrentes da inflamação muscular aguda e da falta de repouso”, detalha o gerente técnico da Bodytech de Ribeirão Preto (SP), Rafael Zimak.
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Riscos do overtraining
Entre as consequências mais comuns desse processo estão indisposição, cansaço e, em casos mais sérios, até mesmo lesões. “Podemos dizer ainda que, quando não deixamos o corpo se recuperar, estagnamos nos resultados e ocorre perda de desempenho.”
O treino em excesso pode também causar problemas em diferentes órgãos, como coração e fígado, e sistemas do organismo, entre eles o locomotor e o circulatório. Além disso, pode estar relacionado a problemas neurológicos, como depressão, estresse e agressividade.
Rodrigo Campos diz que, para chegar a esse estágio, é preciso deixar de respeitar os sinais do corpo. “Perda de apetite e peso corporal (principalmente massa muscular), imunidade baixa, náuseas ocasionais, distúrbios do sono, frequência cardíaca em repouso elevada: essas são evidências de que se deve dosar o treinamento e a recuperação.”
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Cuidados com a rotina de treinos
A frequência recomendada para a prática de atividade física varia de acordo com o nível de condicionamento de cada pessoa. Mas, via de regra, é importante ter entre 1 ou 2 dias de descanso na semana. “Isso vale especialmente para treinos montados por um profissional, que ajusta descanso e recuperação de cada grupo muscular ou sistema do corpo”, observa Rafael.
Também é necessário ter um período maior no ano para relaxar – suas férias, por exemplo. Assim, seu corpo pode se recuperar de maneira mais completa.
Uma dica essencial é contar com orientação especializada, tanto no treinamento, com profissional de educação física, quanto na questão da alimentação, com um nutricionista. Fazer um check-up médico antes de iniciar as atividades é outra questão importante.
Por último, lembre-se de sempre respeitar seu corpo, escutando os sinais que ele tem a oferecer. Assim, você pode usufruir ao máximo os resultados das atividades físicas sem prejudicar sua saúde.