Os benefícios da vacinação contra a Covid-19
Mais de 2 anos desde o início da pandemia de Covid-19, muitas informações ainda permanecem sem respostas. No entanto, uma das certezas é em relação à eficácia da vacina na proteção contra o coronavírus. De acordo com um estudo publicado pela revista Lancet, a vacinação contra a Covid evitou quase 20 milhões de mortes em todo o mundo em apenas 1 ano.
O período contabilizado foi de 8 de dezembro de 2020 a 8 de dezembro de 2021, quando 8,33 bilhões de doses foram administradas em 4,36 bilhões de pessoas no mundo. Como resultado, o estudo mostra que o número de vidas salvas pela vacinação contra a COVID-19 é maior do que o número de mortes que ocorreram. Saiba mais sobre os benefícios e a importância da vacinação.
Leia mais: Como as vacinas são feitas?
Os benefícios da vacinação contra a Covid-19
A vacinação contra a COVID-19 alterou substancialmente o curso da pandemia, salvando milhares de vidas em todo o mundo. Vale reforçar que os imunizantes são sabidamente seguros. Além disso, estar totalmente vacinado ajuda a reduzir a probabilidade de surgimento de novas variantes.
De acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, as vacinas disponíveis atualmente no Brasil oferecem alta proteção para evitar casos graves e óbitos. Nos estudos realizados, a vacina CoronaVac, produzida pelo laboratório Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, tem eficácia global (proteção contra qualquer forma da doença) de 50,38%, com duas doses da vacina. O imunizante evitou, ainda, que 78 de 100 pessoas tivessem sintomas da doença que levassem à necessidade de procurar algum atendimento médico, ambulatorial ou hospitalar. No caso da vacina Covishield, desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca/Universidade de Oxford em parceria com a Fiocruz, a proteção global foi de 73,43% após duas doses da vacina.
Para quem tem receio sobre os efeitos colaterais da vacina, aqui vai uma boa notícia: tal como acontece com todos os medicamentos, eles podem sim ocorrer após a vacinação. No entanto, são, geralmente, poucos e de curta duração, como um braço dolorido ou uma febre leve. Efeitos colaterais mais graves são possíveis, mas são extremamente raros.
Por que se vacinar?
Em resumo, a Sociedade Brasileira de Infectologia destaca a importância da vacina contra Covid-19:
- A vacinação é tão importante para sua saúde quanto o consumo de uma dieta saudável e a prática de atividade física;
- Estar vacinado(a) pode significar a diferença entre estar vivo(a) e saudável ou gravemente enfermo(a) ou com sequelas deixadas por doenças imunopreveníveis
- As vacinas estão entre os produtos farmacêuticos mais seguros que existem.
Metas da OMS sobre a vacinação contra a Covid-19
Um documento estratégico da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que o objetivo dos esforços globais de vacinação contra a COVID-19 é aumentar substancialmente a imunidade da população em escala mundial. Como consequência, a aplicação do imunizante protege a população contra a doença, desafoga o sistema de saúde, permite a retomada da economia, restaura a saúde da sociedade e diminui o risco de novas variantes.
Para isso, a meta era vacinar 70% da população mundial contra a COVID-19 até 30 de junho de 2022. Antes, o valor era de 10% de cobertura total da população em todos os países até 30 de setembro de 2021 e 40% em todos os países até 31 de dezembro de 2021. Até maio de 2022, 57 países vacinaram 70% de sua população – quase todos países de alta renda..
A vacinação de 70% da população mundial aumentará a imunidade em toda a população adulta e adolescente para reduzir as formas graves da doença, além da mortalidade. Ao mesmo tempo, a vacinação diminui as infecções e a transmissão e evita riscos futuros (picos de casos e óbitos causados por novas variantes, bem como os efeitos da COVID longa). Por isso, a vacinação é a melhor proteção contra adoecimento e morte pelo coronavírus.
Não vacinados representam 75% das mortes por Covid-19, diz estudo brasileiro
Um outro estudo, dessa vez brasileiro, também mostrou a importância da vacinação para proteger a população contra a Covid-19. De acordo com uma pesquisa conduzida em Londrina, no Paraná, 75% das mortes por Covid-19 registradas nos primeiros dez meses de 2021 ocorreram em indivíduos que não foram imunizados contra a doença. Além disso, idosos não vacinados morreram quase três vezes mais do que os imunizados.
Entre pessoas com menos de 60 anos, o número de mortes de não vacinados foi 83 vezes maior do que nos imunizados. O estudo foi realizado pela Universidade Estadual de Londrina, pela Secretaria Municipal de Saúde de Londrina, pela Universidade Federal de São Carlos e pela Faculdade de Medicina Albert Einstein dos Estados Unidos.
O estudo analisou cerca de 60 mil casos confirmados de Covid-19 e 1.687 mortes pela doença que ocorreram entre janeiro e outubro de 2021. Dos óbitos registrados, 1.269 foram em indivíduos não vacinados. Já entre os casos confirmados, 48.217 foram em pessoas que não tomaram a vacina, 7.207 em indivíduos parcialmente imunizados e 4.429 em pessoas com esquema vacinal completo. Dos vacinados que foram infectados, 54% tinham mais de 60 anos.
Como resultado, a pesquisa confirmou que a vacinação reduz as mortes em todas as faixas etárias. Em pessoas acima de 80 anos, por exemplo, os não vacinados morreram duas vezes mais do que os imunizados, evidenciando a eficácia da vacina em proteger inclusive os mais vulneráveis contra o SARS-CoV-2. “Nossos achados reforçam que a vacinação é uma medida de saúde pública essencial para reduzir os índices de fatalidade por Covid-19 em todas as faixas etárias”, afirmam os autores do artigo.
Recomendações
A vacinação contra a Covid continua sendo a melhor forma de evitar a doença. Por isso, a recomendação é tomar todas as doses, incluindo as doses de reforço. Além disso, evite aglomerações, utilize uma máscara bem ajustada cobrindo a boca e o nariz, mantenha espaços internos bem ventilados e lave as mãos regularmente. Para saber como se proteger contra a Covid-19, acesse Raia ou Drogasil.
Referências:
The global impact of disproportionate vaccination coverage on COVID-19 mortality – The Lancet
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)
Organização Mundial da Saúde
Conselho Nacional de Secretários de Saúde
Sociedade Brasileira de Infectologia