Ômega-3 ajuda a combater o novo coronavírus?
Ômega-3 é um dos suplementos alimentares mais consumidos no mundo. Desde o início da pandemia do COVID-19 tem se levantado a questão se o ácido graxo em questão pode ser eficaz no combate ao vírus. Mas, será que o ômega-3 pode ajudar a combater o novo coronavírus?
Antes de mais nada, o ômega-3 é importante para a saúde porque é um tipo de ácido graxo essencial. Ou seja, não é naturalmente produzido pelo organismo, e tem algumas funções importantes no corpo, que vão de seu poder anti-inflamatório ao combate à obesidade e depressão.
Ômega-3 e coronavírus: Existe relação?
O debate foi levantado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), que divulgaram que a suplementação com ácidos graxos ômega-3 pode ajudar a reduzir o quadro inflamatório causado quando ocorre nos pacientes com coronavírus a chamada “tempestade de citocinas”, que pode causar um quadro inflamatório agudo e comprometer os pulmões e outros órgãos do corpo, levando à morte.
Por outro lado, o suplemento também pode causar reações adversas que variam dependendo de cada indivíduo. Dessa forma, não é possível recomendar sua utilização em pacientes com COVID-19 até que sejam realizados estudos clínicos mais conclusivos. Assim, recomenda-se sempre buscar orientação profissional antes de ingerir esses suplementos.
Segundo a instituição, assim como ocorre com qualquer medicamento, a resposta metabólica decorrente de uma suplementação é individualizada. Isto é, pode variar em função do gênero, idade, estilo de vida e características genéticas, entre outros. Portanto, as conclusões sobre os potenciais efeitos da suplementação com ácidos graxos ômega-3 em pacientes com covid-19 precisam ser baseadas em resultados observados em estudos controlados, realizados com um grande número de indivíduos. Além disso, o mecanismo de ação do vírus ainda não está totalmente esclarecido.
Por fim, é importante observar que atualmente não há cura para o COVID-19. Portanto, não há nenhuma medida preventiva além do distanciamento social e práticas de higiene adequadas para impedir o desenvolvimento desta doença.
Fontes: professora Inar Castro, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP e pesquisadora associada do Centro de Pesquisa de Alimentos (FoRC) da USP. Tayse F.F. da Silveira, da FCF. Professor Marcelo M. Rogero, da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP e pesquisador Associado do FoRC.
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