Novos medicamentos para osteoporose: veja quais e como agem
A osteoporose é uma doença que enfraquece os ossos e eleva os riscos de fratura entre pessoas idosas. Com o avanço da idade, é natural perder densidade óssea, mas a condição agrava o mecanismo e pode até matar. Aproximadamente 200 mil pessoas morrem por complicações da osteoporose, pois uma fratura em idosos pode causar deformidades, infecções graves e debilitar a saúde. Apesar dos números expressivos, a medicina evoluiu com soluções para quem convive com a enfermidade. A seguir, confira os novos medicamentos para osteoporose e em quais casos eles podem ser úteis.
Veja também: Afinal, por que as mulheres sentem o “calorão” durante a menopausa?
Novos medicamentos para osteoporose possuem alta tecnologia
Como você viu, a osteoporose é uma doença que pode impactar muito a qualidade de vida. Além disso, encarece o sistema de Saúde por conta das fraturas. Em contrapartida, existe tratamento tanto para preveni-la como para tratá-la, quando já instalada, que reduzem muito o risco de fraturas.
“Para casos mais graves existem novos medicamentos que, por meio de infusão (injeções), podem contribuir de maneira significativa melhorar este prognóstico”, conta Marise Lazaretti Castro, endocrinologista, professora da Escola Paulista de Medicina – Unifespque é diretora da Clínica Croce.
Ela explica que um desses medicamentos é o denosumabe, um anticorpo monoclonal usado a cada 6 meses. De acordo com a especialista, o ácido zoledrônico é outro fármaco que, por meio do tratamento com infusões sanguíneas anuais, pode aumentar a densidade óssea em homens e mulheres com osteoporose. Outro benefício é que ele trata e previne a doença induzida por glicocorticoides e a doença de Paget óssea.
“O romosozumabe é o mais novo medicamento da classe dos anticorpos monoclonais disponível para tratar a osteoporose grave. é indicado para indivíduos com histórico de fratura osteoporótica ou múltiplos fatores de risco para fraturas. Pode ser usado como uma alternativa para pessoas com alto risco de fratura ou naquelas que não obtiveram sucesso com outras linhas terapêuticas”, comenta Marise.
Apesar de poder ser utilizado em casa, é importante que o paciente o aplique em ambiente seguro, cercado de profissionais que poderão auxiliá-lo se houver alguma reação adversa.
Em geral, os medicamentos parenterais (por infusão) causam menos incômodos. Como a maioria dos tratamentos para osteoporose duram anos, o uso por infusão torna o tratamento mais confortável, sem afetar o estômago.
Fatores de risco para a osteoporose e como preveni-la
“Em geral, começamos a perder massa óssea lentamente depois dos 40 anos de idade, e algumas pessoas acabam chegando na osteoporose. Isso é determinado geneticamente, com a contribuição do estilo de vida. Uma alimentação pobre em cálcio, o sedentarismo, o tabagismo e a deficiência de Vitamina D podem contribuir para a chegada da enfermidade”, explica Marise.
Entretanto, muitas vezes, mesmo com hábitos de vida saudáveis, as pessoas acabam desenvolvendo a osteoporose por possuírem uma predisposição genética. E, particularmente na mulher, esta perda óssea é acelerada pela menopausa.
Contudo, o risco pode ser menor com a adoção de hábitos de vida saudáveis. Por exemplo:
- Prática de exercício físico regular.
- Dieta rica em nutrientes bons para os ossos, como proteínas e alimentos ricos em cálcio, como os derivados do leite.
- Exposição solar para adequar os níveis de vitamina D.
- Evitar hábitos tabagistas e consumo de álcool.
- Por fim, reposição hormonal após a menopausa.