Novo teste de HPV no SUS pode antecipar o diagnóstico em até 10 anos
O Ministério da Saúde incorporou o novo teste de HPV no Sistema Único de Saúde – SUS para proporcionar diagnósticos mais rápidos e precisos. A decisão, publicada no Diário Oficial na última sexta-feira, 8/3, visa oferecer uma testagem mais tecnológica e inovadora e que aumenta o intervalo da realização do exame. Enquanto o Papanicolau que serve para rastrear o HPV deve ser feito a cada 3 anos, a nova testagem é recomendada a cada 5 anos.
Cerca de 17 mil mulheres são afetadas pelo câncer de colo de útero a cada ano no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. Diferente dos outros tipos de câncer, esse tumor é causado por uma infecção resistente de HPV. Dessa forma, a doença se tornou uma das principais causas de morte de mulheres em idade fértil.
Novo teste de HPV: como funciona?
O novo método de testagem é molecular e detecta a presença de DNA dos tipos de câncer de colo do útero mais frequentes. Assim, a presença desse DNA em mulheres com mais de 25 e 30 anos pode levar a uma infecção persistente, aumentando as chances de lesões de câncer.
Disponível na rede pública e com chances de substituir o tradicional Papanicolau, o novo exame permitirá detectar mais mulheres doentes com menos exames. Além disso, outra novidade é que o exame também possibilitará o uso da autocoleta, que pode facilitar o exame para mulheres mais resistentes à rotina ginecológica.
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Tratamento e prevenção para câncer de colo de útero
Além da realização do exame, existem outras formas de evitar a doença. A prevenção primária inclui evitar o contágio com o HPV, que ocorre por meio de relações sexuais sem proteção. “A utilização de preservativos previne todas as infecções sexualmente transmissíveis (IST). Assim, as formas de prevenção desse tipo de câncer são duas: pela realização do exame de Papanicolau anualmente por mulheres sexualmente ativas e pela vacinação contra o HPV”, pontua o ginecologista.
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Por fim, o tratamento da doença pode variar de acordo com a avaliação do médico e leva em consideração as características da doença, por exemplo, evolução, estágio, tamanho do tumor e idade da paciente.
Sendo assim, entre as opções de tratamento estão a cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Assim, o ginecologista reitera que quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de cura e maior a possibilidade de manter a fertilidade.