Nova onda de Covid: o que se sabe até agora?
O recente aumento de casos de pessoas infectadas pelo coronavírus acendeu um alerta das autoridades médicas. Afinal, será que estamos enfrentando uma nova onda de Covid? Uma nova variante da Ômicron que já chegou ao Brasil pode ser a responsável pelo aumento do número de casos. Nos últimos dias, surgiram casos nos estados do Rio de Janeiro, Amazonas, Rio Grande do Sul e São Paulo.
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O que é e quais são as características da BQ.1?
A BQ.1 é uma variante da Ômicron e provoca os sintomas conhecidos — por exemplo, febre, dor de cabeça, dor e fadiga muscular, tosse, perda do olfato e paladar, além de tosse e falta de ar.
No entanto, a diferença é que a BQ.1 é que ela possui “escape imune”. Ou seja, possui maior poder de infecção devido às suas características. Ou seja, ela contém uma mutação específica na proteína spike, presente no coronavírus, que amplia a aderência do vírus ao organismo humano.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, ainda não há dados sobre a gravidade e a capacidade de escapar da proteção das vacinas da sublinhagem BQ.1. Mesmo assim, a entidade alertou que a nova variante tem demonstrado “uma vantagem de crescimento significativa sobre outras sublinhagens ômicron circulantes em muitos locais, incluindo Europa e Estados Unidos” e que “merece monitoramento rigoroso”.
Nova onda de Covid: novos casos preocupam
O número de casos de Covid-19 tem aumentado em todo o mundo. No final de outubro, a prevalência da nova sublinhagem era de 6%, atingindo 65 países. Na última atualização, divulgada quarta-feira (9), a entidade apontou que a BQ.1 passou de 9,4% para 13,4% em uma semana epidemiológica.
Nos Estados Unidos, de acordo com balanço do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) divulgado na sexta-feira (4), as sublinhagens BQ.1 e BQ.1.1 representavam 35,3% das infecções pelo novo coronavírus no país.
No Brasil, os casos da doença também estão aumentando. Os resultados positivos de testes de Covid-19 saltaram de 3,7% para 23,1% na comparação entre a primeira semana de outubro e a primeira semana deste mês, segundo levantamento da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed).
Orientações sobre nova onda de Covid
Especialistas apontam que, mais do que nunca, é fundamental manter o esquema de imunização contra a Covid-19 em dia e com quatro doses da vacina para a população com mais de 18 anos.
Além disso, deve-se voltar a utilizar máscara em locais fechados, preferir ambientes ao ar livre, evitar aglomerações e, ao apresentar sintomas gripais, fazer um teste. Caso a Covid-19 seja confirmada, é fundamental evitar o contato com outras pessoas por sete dias após o início de sintomas. O prazo deve ser estendido para dez dias se febre e sintomas respiratórios persistirem.