‘Nova cesta básica’ prioriza alimentos mais saudáveis. Conheça os itens

Alimentação Bem-estar Saúde
07 de Março, 2024
‘Nova cesta básica’ prioriza alimentos mais saudáveis. Conheça os itens

O governo federal publicou, nesta quarta-feira (6/3), um decreto sobre a ‘nova cesta básica’ no Diário Oficial da União. A repaginação dos itens da cesta é alinhada a padrões mais saudáveis de alimentação. A grande novidade é que itens ultraprocessados — produzidos com corantes e aromatizantes —  passam a ser proibidos. No lugar deles, entram os alimentos in natura ou minimamente processados. 

Já em vigor, a nova regulamentação faz parte do programa de combate à fome no Brasil e servirá para orientar políticas públicas para garantir o direito à alimentação.

Para a médica nutróloga, Dra. Marcella Garcez, Diretora da Associação Brasileira de Nutrologia, a nova cesta básica no Brasil surge como uma proposta de oferecer mais equilibrada de alimentos nutritivos, atendendo melhor às necessidades nutricionais da população. Saiba mais a seguir!

Nova cesta básica: conheça os itens

Segundo o decreto, agora o grupo de alimentos será composto pelos seguintes itens: 

  1. Feijões (leguminosas)
  2. Cereais
  3. Raízes e tubérculos
  4. Legumes de frutas
  5. Castanhas e nozes (oleaginosas)
  6. Leites e queijos
  7. Açúcares
  8. Sal
  9. Óleos e gorduras 
  10. Café, chá e especiarias 

Contudo, mesmo proibidos em primeira instância, os itens ultraprocessados podem fazer parte da cesta básica apenas de forma excepcional. E para isso, é necessário ter autorização do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social.

Vantagens da nova composição

Os benefícios da ‘nova cesta básica’ incluem melhorias importantes na saúde e bem-estar. Além disso, também será possível obter uma redução na incidência de doenças relacionadas à má alimentação e ao consumo dos alimentos ultraprocessados. Algumas delas são doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade, diabetes, hipertensão arterial e síndrome metabólica.

 “Alimentos ultraprocessados partem de fabricação industrial a partir de substâncias extraídas ou derivadas de outros alimentos (sal, açúcar, óleos, proteínas e gorduras) e sintetizadas em laboratório (corantes, aromatizantes, conservantes e aditivos). Portanto, no geral, são alimentos com sabor mais agradável e um grande prazo de validade. Contudo, tendem a ser mais pobres nutricionalmente e ricos em calorias, gorduras e aditivos químicos. Por isso, favorecem a ocorrência de deficiências nutricionais, doenças do coração, diabetes, colesterol e obesidade”, explica a médica.

Veja também: Mudança de hábito: a chave para ter uma vida mais saudável

Desafios da nova cesta básica

Embora benéfica, a novidade do governo federal vem acompanhada de desafios. Isso porque na nova configuração, os cuidados com a logística, segurança dos alimentos e desperdícios são maiores já que os itens mais saudáveis têm validade menor, se comparado aos ultraprocessados. 

“Os alimentos frescos in natura chegam ao consumidor sem terem passado por nenhum tipo de processamento. Assim, esses itens são muito mais suscetíveis à degradação e à contaminação. Portanto, podem aumentar o desperdício e a prevalência de intoxicações alimentares”, alerta a especialista.

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– Dra. Marcella Garcez, médica nutróloga, Mestre em Ciências da Saúde pela Escola de Medicina da PUCPR, Diretora da Associação Brasileira de Nutrologia e Docente do Curso Nacional de Nutrologia da ABRAN. 

Sobre o autor

Tayna Farias
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em gravidez e maternidade

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