Monkeypox: Saúde emite nível máximo de alerta para varíola dos macacos
O Ministério da Saúde anunciou novidades no Plano de Contingência para Monkeypox, um documento criado para profissionais da saúde gerirem a situação emergencial da doença. O material de 31 páginas detalha informações úteis para o enfrentamento da Monkeypox, a qual se destaca o nível de emergência da enfermidade. De acordo com o Plano, o Brasil adota a ferramenta de classificação em três graus que avaliam o risco da doença, conforme as diretrizes globais da OMS.
O aumento de casos da varíola dos macacos leva o país a se enquadrar no nível III, que é o mais crítico, “com ameaça de relevância nacional com impactos para a saúde pública e serviços do SUS”, relata um trecho da pasta. Na prática, o Ministério da Saúde está encarando a enfermidade como um problema gravíssimo, que demanda esforços do governo para frear a crise sanitária. Isso significa que todas as redes de saúde devem estar aptas a receber pacientes com suspeita ou infectados e disponibilizar recursos para o tratamento de suporte. Além disso, orienta as equipes de saúde a dar atenção aos grupos de risco — crianças, gestantes e pessoas imunossuprimidas.
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Quais as ações do governo contra a Monkeypox?
O Plano de Contingência alerta sobre a necessidade de tratamentos e vacinas para o Brasil como parte da estratégia. No início de agosto, o ministro da saúde Marcelo Queiroga anunciou a aquisição do antiviral Tecovirimat “para reforçar o enfrentamento ao surto de Monkeypox no Brasil”, escreveu no Twitter. Além do antiviral, a Saúde planeja a chegada das vacinas para a enfermidade em setembro. O Ministério ainda não definiu o plano de estratégia de vacinação para a doença. A princípio, não existe um imunizante específico para a infecção. Nesse caso, a vacina será a da varíola humana, que possui boa eficácia contra a zoonose.
Relembre os sintomas e como se cuidar
O ciclo do vírus dura entre 6 e 16 dias, mas normalmente a manifestação começa no 13º dia. Os sintomas são febre, falta de ar, dores musculares, fadiga e inchaço nos gânglios. Mas a principal característica da doença são lesões na pele em forma de erupções, bem parecidas com as da catapora e sífilis. Em geral, os sintomas somem depois de 7 ou 14 dias sem complicações. No entanto, é importante ter acompanhamento médico para controlar os desconfortos e seguir o isolamento por 21 dias, mesmo que a pessoa não tenha mais sinais aparentes da infecção.
Atualmente, devido ao aumento de casos no Brasil e no mundo, as orientações são:
- Evitar o contato com pessoas doentes ou com suspeita de infecção.
- Redobrar os cuidados de higiene: lavar as mãos, utilizar álcool em gel e máscara em locais fechados (cinemas, aviões e aeroportos, por exemplo).
- Não compartilhar itens pessoais.
- Usar preservativo nas relações sexuais.