Micose na virilha (tinea cruris): quais são as causas e como tratá-la

Saúde
18 de Julho, 2022
Bárbara Shibuya Alves
Revisado por
Enfermeira • Coren-SP 752311
Micose na virilha (tinea cruris): quais são as causas e como tratá-la

A micose na virilha, popularmente conhecida por “coceira de jóquei”, é uma infecção causada pelo fungoTrichophyton. Outros agentes da micose são o fungo da candidíase e os da família Epidermophyton e Microsporum, que se proliferam quando há umidade na região íntima — nesse caso, na virilha, que ganha manchas vermelhas que coçam e incomodam.

Uma curiosidade sobre o termo coceira de jóquei: a micose recebeu este nome porque diversos atletas, inclusive os de equitação, sofrem com o problema. No entanto, qualquer pessoa pode enfrentar o desconforto.

Veja também: Micose de unha: saiba como identificar e tratar

Quais são as causas da micose na virilha?

Todo fungo encontra na umidade e na falta de higiene a oportunidade perfeita para se multiplicar e atacar um tecido. Portanto, utilizar roupas muito apertadas ou permanecer com peças molhadas ou úmidas de suor, por exemplo, favorecem a micose na virilha. A falta de secagem adequada também é um hábito nocivo para a saúde da pele.

Outros fatores de risco

A coceira de jóquei predomina entre o sexo masculino por causa do escroto, cuja pele abafa mais a virilha e provoca o aumento da transpiração. Além disso, as chances de contrair a micose na virilha aumentam no verão. Dessa forma, os cuidados com a higiene e troca de vestuário devem ser redobrados. Contudo, algumas doenças contribuem para a situação. Por exemplo, a obesidade: o aumento das dobras cutâneas, inclusive na área íntima; e o diabetes, que deixa a pessoa mais vulnerável a infecções e provoca dificuldade na cicatrização.

Sintomas da micose na virilha

A infecção fúngica causa manchas vermelhas na pele, que ardem, coçam e descamam. Quando estão muito inflamadas, o uso de determinadas peças fica restrito (uma calça mais apertada, por exemplo), pois pode ampliar a área da virilha e ir para o entorno das coxas. Algumas pessoas se queixam do mau cheiro que a irritação exala, normalmente característica da micose do mesmo fungo da candidíase.

Como confirmar o diagnóstico

A princípio, o diagnóstico é clínico. Ou seja, o médico analisa o aspecto das manchas e se há mau cheiro nelas. Para complementar e descobrir o tipo de fungo, o profissional pode fazer uma pequena raspagem da pele para analisar a cultura de fungos presente nela.

Tratamentos para a micose na virilha

Geralmente são prescritos medicamentos tópicos (pomadas, cremes, sprays e loções) antifúngicos para combater a infestação. Além da pomada, existe a versão em comprimidos. Todavia, essa forma de tratamento é indicada apenas quando a pomada não surtiu efeito ou em casos de lesões muito extensas. Quanto à duração dos cuidados, varia de acordo com a conduta médica, mas a média é quatro semanas.

Em conjunto, é importantíssimo cuidar dos ferimentos — lavá-los com sabonete neutro e secá-los completamente são essenciais não só durante o tratamento, mas devem se tornar hábitos.

Outros cuidados

Para evitar que o episódio se repita, a prevenção é a melhor aliada da saúde da pele. Então, além da boa higiene, é fundamental:

  • Trocar de roupa sempre que houver umidade, principalmente as íntimas. Isso evita a infecção de outros tipos de micro-organismos.
  • Não compartilhar roupas íntimas e de banho.
  • Utilizar talcos na virilha e em outras dobras. Assim, evita-se o atrito da pele com a roupa, pois lesões desse tipo também são alvos de fungos e bactérias.
  • Não utilizar fórmulas e receitas caseiras para amenizar o problema. Procure um médico dermatologista para auxiliar.

Referências: National Library of Medicine; e Mayo Clinic.

Sobre o autor

Amanda Preto
Jornalista especializada em saúde, bem-estar, movimento e professora de yoga há 10 anos.

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