Qual o melhor horário para levar as crianças à praia ou à piscina?
Tempo ensolarado, calor e férias: tudo que as crianças precisam para se divertir ao ar livre, principalmente se for dentro da água. A praia e a piscina são os lugares favoritos dos pequenos, já que eles podem se divertir e se refrescar ao mesmo tempo. Por outro lado, a combinação entre calor e férias também esconde alguns perigos relacionados à exposição solar que fazem os pais questionarem: “qual é o melhor horário para levar as crianças à praia ou à piscina? Veja a seguir.
Veja também: Hábitos saudáveis nas férias: dicas de como manter a rotina
Melhor horário para levar as crianças à praia ou à piscina
A exposição excessiva deve ser evitada em crianças em geral, de 6 meses a 12 anos. No entanto, a faixa etária que inspira mais cuidados é de 6 meses até 2 anos de vida, já que eles estão mais expostos ao risco de desidratação, febre e baixa na pressão.
Por isso, a melhor estratégia, de acordo com a Dra. Anna Bohn, Pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), é levá-las para a praia ou piscina até às 10h da manhã ou após às 16h da tarde. Durante essa janela (das 10h às 16h) a incidência solar é a mais forte do dia e por isso, é a principal causadora de queimaduras e vermelhidão na pele.
Embora o tempo de sol seja ideal para a diversão das crianças, os raios UVA e UVB são responsáveis por até 95% da radiação que pode atingir o corpo. Através dessa radiação, a pele pode sofrer efeitos cumulativos, como por exemplo, manchas, rugas, sardas e pintas. O mais grave, no entanto, é o surgimento de tumores de pele que exigem cuidado especial.
Proteção solar precisa fazer parte da brincadeira
Passar protetor solar precisa ser um momento leve e que faz parte da rotina das crianças. É através dele que a pele ficará protegida contra a ação dos raios solares.
“Ao sair ao sol, passe protetor solar nas crianças 30 minutos antes e escolha filtros minerais, ou seja, produtos com substâncias inorgânicas chamadas de filtros físicos, que possuem menos efeitos colaterais e riscos de alergia”, recomenda a pediatra.
Além disso, ela lembra que repassar o filtro a cada 2 horas é tão essencial quanto a primeira passada do dia e deve acontecer também levando em conta o tempo dentro d’água. “Não existem filtros totalmente à prova d’água”, por isso, os cuidadores devem dar o exemplo e repassar o protetor em si mesmos para que as crianças vejam e, em seguida, passe nelas.
Bebês de até 6 meses
A Dra. Anna lembra que, antes dos 6 meses de idade, não está liberado o uso de protetor, assim como também não é recomendada a exposição ao sol. “Use chapéus, roupas compridas e deixe o bebê em locais com sombra”, indica ela.
Dicas de ouro para levar as crianças à praia ou à piscina
Além dos cuidados com o sol, a ida à praia ou à piscina com as crianças pode precisar de outros cuidados. Veja a seguir:
Alimentação leve e balanceada:
“O calor intenso requer atenção redobrada à saúde. Com cuidados preventivos e atenção aos sinais do corpo, podemos enfrentar as altas temperaturas de forma segura e saudável. “Opte por refeições leves e ricas em água, como frutas e vegetais. Evite alimentos pesados, que podem aumentar a sensação de calor”, complementa Matheus Serra Marschhausen, coordenador médico da Medicina Preventiva, da Klini Saúde.
Ofereça hidratação várias vezes ao dia:
As crianças devem beber água regularmente, mesmo se não sentirem sede. Evite bebidas açucaradas, como refrigerantes e sucos artificiais que podem contribuir para a desidratação. Ao invés disso, ofereça água fresca ou água de coco.
Atenção redobrada para evitar acidentes
Piscina e mar são sinônimos de férias de verão. Entretanto, é nessa época que os acidentes aumentam muito. A indicação da pediatra é de jamais deixar as crianças desacompanhadas no mar ou na piscina, mesmo que elas saibam nadar. “Se for utilizar boia, certifique-se de que é do tipo colete ou aquelas que têm suporte na parte anterior do tronco. Boias somente de braços não são seguras, pois podem escapar e deixar a criança totalmente sem suporte”, explica ela.
Mais dicas
Nada de beber a água da piscina ou do mar
“Oriente as crianças a não tomarem água do mar ou da piscina, pelo grande risco de contaminação com germes”, sugere a Dra. Anna.
Saiba quando procurar ajuda médica
Os sinais de problemas relacionados ao calor e que são motivos de alerta incluem náuseas, confusão, pele seca e vermelhidão. “Se você ou alguém ao seu redor apresentar esses sintomas, é fundamental procurar ajuda médica imediatamente. A insolação e a desidratação podem evoluir rapidamente e requerem intervenção médica.”
Fontes:
- Dra. Anna Bohn, Pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
- Matheus Serra Marschhausen, coordenador médico da Medicina Preventiva, da Klini Saúde.