Melanoma maligno: o que é, sintomas, tratamento e como prevenir
Pintas que aparecem despretensiosamente no rosto e no corpo podem ser motivo de preocupação, já que esse é um dos primeiros sinais do melanoma maligno, que é um dos tumores de pele mais prejudiciais à saúde. De modo geral, o câncer de pele é o mais comum entre todos os tipos de cânceres, contudo, especificamente o tipo melanoma representa apenas 1% de todos os casos.
Apesar de ser pouco comum, esse tipo de tumor é letal já que pode evoluir para metástase. Continue lendo e saiba mais sobre o melanoma.
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Afinal, o que é o melanoma maligno?
O melanoma é o tipo mais grave de câncer de pele e acontece quando as células que produzem pigmento à pele se tornam cancerígenas. Com esse comprometimento das células, os primeiros sinais podem aparecer através de manchas, pintas ou sinais nos olhos, na pele, mucosas ou em qualquer outra parte do corpo.
A gravidade da doença se deve ao alto potencial de provocar metástase no indivíduo, ou seja, disseminação do tumor para outros órgãos do corpo, o que pode comprometer a vitalidade por completo de forma rápida.
O que causa melanoma maligno?
A origem do tumor vem dos danos causados nos melanócitos, que são células produtoras de melanina responsáveis pela pigmentação da pele. Esses danos podem ser causados pelos raios UV, o que acontece devido à exposição excessiva ao sol sem o uso de protetor solar.
Dessa forma, em um país ensolarado como o Brasil, é fundamental ficar atento aos principais indícios da doença e se proteger contra a exposição solar. Além disso, outros fatores de risco para o desenvolvimento da doença são:
- Histórico familiar;
- Pessoas de pele clara ou olhos claros;
- Ruivos, loiros ou albinos;
- Exposição a câmeras de bronzeamento artificial.
Principais sintomas
O melanoma apresenta altas taxas de mortalidade quando está em fases mais avançadas, por isso, ter atenção aos primeiros sinais do tumor é fundamental para agir de forma preventiva e aumentar as chances de cura. Confira os sintomas a seguir:
- Pequena ferida ou nódulo na pele, de cor branca, avermelhada ou rosa;
- Manchas escuras que coçam, descamam ou que sangram;
- Sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor;
- Feridas que não cicatrizam em 4 semanas.
- Verruga que cresce;
Nesse sentido, é fundamental não silenciar os sintomas mais leves já que, em geral, a doença não causa dor no estágio inicial. O incômodo com as lesões passa a acontecer apenas quando o tumor já está em estado avançado.
Afinal, é pintinha ou é câncer de pele?
Como identificar um melanoma
De acordo com o ONCO Guia, o primeiro sinal de melanoma é a mudança do formato, cor ou forma de uma mancha já existente no corpo. Portanto, vale seguir a regra ABCDE — assimetria, borda, cor, diâmetro e evolução —, um método rápido para saber o momento de procurar ajuda.
- Assimetria: A forma de metade da mancha não coincide com a outra metade, gerando manchas irregulares;
- Borda: As bordas da mancha são irregulares, entalhadas ou dentadas;
- Cor: na maioria das vezes, a coloração é desigual com tons de preto, marrom e canela podem estar presentes;
- Diâmetro: maior que 6 mm;
- Evolução: a pinta vai mudando de tamanho, forma, cor ou aparência.
Pintas normais
Se você possui diversas pintinhas pelo corpo, não é preciso se preocupar. Na maioria das vezes, as pintas são inofensivas à saúde. Porém, é importante entender as características de uma pinta de verdade. Dessa forma, uma pinta pode ser colorida com pontos marrons e pretos na pele. Além disso, a mancha costuma ser plana, oval e levemente ressaltada.
Contudo, se você adquiriu novas pintas na fase adulta, é importante consultar um médico para checar se ela não representa riscos.
Como prevenir o melanoma maligno?
Quando se fala de câncer de pele, o mais importante é evitar se expor ao sol entre 10h e 16h. Isso diminuirá os efeitos dos raios ultravioletas, especialmente se tiver pele e olhos claros. Se possível, também use bonés ou chapéu.
Além disso, aplique protetor solar diversas vezes ao dia, principalmente se estiver em contato com a água. Até no inverno, por exemplo, é necessário lembrar que o sol continua enviando raios UVA e UVB (ultravioletas) para a atmosfera. “E eles permanecem sendo prejudiciais, pois mesmo com índices mais baixos, o dano promovido por eles é cumulativo”, explica a dermatologista Ana Maria Bertelli, professora da Universidade Santo Amaro (Unisa) em uma entrevista anterior à Vitat.
Por fim, como o melanoma é um tipo de tumor silencioso nas fases iniciais, é importante estar atento às mudanças de formato, coloração ou relevo das pintas do seu corpo.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico precoce da doença pode ser feito através da investigação médica com exames clínicos, laboratoriais, endoscópios ou radiológicos. Além disso, pessoas que apresentam mais risco de desenvolver o tumor, também podem fazer exames de rotina para rastrear a doença.
Após o diagnóstico do câncer de pele, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível seguindo a mesma metodologia dos outros tumores, portanto, iniciar a remoção do tumor, seguir para a radioterapia, quimioterapia ou imunoterapia.
Porém, quando há metástase, o tratamento é realizado com medicamentos, que, segundo o Ministério da Saúde, já apresentam altas taxas de sucesso terapêutico.
Fonte: Ana Maria Bertelli, dermatologista e professora do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro – Unisa.
Referência: ONCO Guia; Ministério da Saúde; Manual MSD.