Medir a pressão arterial: veja novas recomendações
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) divulgou novas recomendações para medir a pressão arterial em casa e no consultório. De acordo com o documento, a verificação feita pelo médico durante as consultas não deve ser a única referência para fechar o diagnóstico de hipertensão, pois ela pode sofrer alterações que escondem quadros de pressão alta. Dessa forma, deve-se levar em conta também os níveis feitos em casa com exames específicos.
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Novas recomendações para medir a pressão arterial
A publicação é um conjunto de evidências reunido por 67 profissionais de diversas especialidades. Em conjunto, eles definiram como medir a pressão arterial dentro e fora do consultório.
Antes de mais nada, é importante destacar que a hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco modificáveis para morte e incapacidade no mundo. Dessa forma, é um dos maiores fatores de risco para AVC (acidente vascular cerebral), doenças cardíacas (como doença coronariana arterial) e insuficiência renal.
Quanto aos valores, a SBC esclarece que, considerando somente as medições em consultório, caracteriza-se a hipertensão por meio da pressão sistólica a partir de 140 mmHg. Por outro lado, a diastólica a partir de 90 mmHg, isto é, de 14 por 9. Nas medições em casa, os valores variam, mas o limiar para o diagnóstico é mais baixo, na faixa de 13 por 8. O cardiologista poderá orientar sobre os limites para cada tipo de exame feito na residência.
Existem dois métodos para a medição dentro de casa. Primeiramente, a MAPA (monitorização ambulatorial da pressão arterial), onde o paciente faz as medidas durante 24 horas com um aparelho que fica preso à cintura. Além disso, a MRPA (monitorização residencial da pressão arterial), cujos valores são medidos por cinco dias às manhãs e às noites com um aparelho. A utilização destas técnicas e equipamentos auxiliam na elaboração de um diagnóstico mais complexo e assertivo, diz o médico.
Hipertensão no Brasil
Ainda de acordo com o relatório, cerca de 23,93% da população brasileira tem hipertensão – ou seja, pressão alta. A condição está mais presente entre maiores de 65 anos. Foi estimada a prevalência da pressão alta em 61% desse público.
As Novas Diretrizes demonstram que o emprego de técnicas e/ou equipamentos inadequados podem levar a diagnósticos incorretos, tanto subestimando quanto superestimando valores e levando a condutas inadequadas e grandes prejuízos à saúde e à economia das pessoas e dos sistemas de saúde.
Referência: Sociedade Brasileira de Cardiologia.