Quem pode fazer um aconselhamento genético?
Nos últimos anos, temos visto com frequência pessoas comentando nas redes sociais sobre o aconselhamento genético. Um processo bastante comum para mulheres que pensam em engravidar, o mapeamento genético extrapolou os consultórios e começou a gerar uma série de motivações, até mesmo determinar a melhor alimentação ou o exercício físico para alguém.
O que é aconselhamento genético?
Mas vamos por partes, primeiro entendendo o que é o aconselhamento genético tradicional e porque ele importa. Esse é um processo que auxilia na identificação da probabilidade de desenvolvimento ou transmissão de uma doença de origem genética.
Pense, por exemplo, no câncer de mama. Já existem exames hoje que ajudam mulheres a mapear a probabilidade de desenvolverem a doença na vida adulta a partir da presença ou não de um determinado gene (BRCA) e considerando também o histórico familiar.
Isso significa que os exames genéticos relacionados ao aconselhamento genético só podem ser feitos pela própria pessoa portadora da doença ou com um histórico familiar comprovado de doenças genéticas — dessa forma, munida das informações sobre o assunto, ela pode determinar, com o auxílio de um médico, riscos, alternativas e tratamentos, inclusive sobre o seu planejamento familiar (isto é, uma gravidez futura).
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Quem pode fazer um mapeamento genético?
Com isso em mente, fica claro que o mapeamento genético só pode ser recomendado por um médico, já que traz informações importantes sobre as tendências genéticas de uma pessoa e vai ajudá-la a pensar no futuro, tomando as providências necessárias para evitar complicações de saúde futuras.
Além disso, esse não é um exame recomendado para todo mundo – pelo contrário! Costuma-se indicar em caso de:
- Casamento consanguíneo (entre pessoas da mesma família)
- Histórico familiar de doenças genéticas;
- Infertilidade;
- Perda gestacional de repetição;
- Suspeita de câncer hereditário (como o de mama).
No contexto do pré-natal, é possível fazer um aconselhamento genético principalmente se a mãe tiver idade avançada, se tiver doenças que possam interferir no desenvolvimento fetal e, também, no caso de relações consanguíneas. Pode-se utilizar o teste, ainda, para descartar condições genéticas como a síndrome de Down, identificando a trissomia do cromossomo 21, e auxiliando no planejamento familiar.