Manobra de Valsalva: o que é, para que serve e como fazer
Ao descer a serra, você já sentiu o ouvido “abafado” ou com pressão? Para melhorar essa sensação, algumas pessoas optam por mascar chicletes (o que também funciona). Entretanto, existe um jeito mais prático para a audição voltar ao normal: reproduzir a manobra de Valsalva. Mas afinal, você sabe o que é isso e como fazer? Entenda mais sobre o método.
O que é?
A técnica aumenta a pressão do peito, alterando o ritmo cardíaco e a pressão sanguínea. Assim, tem diversos efeitos no corpo e pode ser útil para facilitar diagnósticos cardíacos.
Para que serve a manobra de Valsalva?
No fluxo sanguíneo, a manobra de Valsalva aumenta a pressão intratorácica, ou seja, diminui o tamanho do ventrículo esquerdo, e reduz o retorno venoso para o coração.
A manobra também é recomendada no tratamento de taquicardia e pode ser solicitada em exames cardíacos. Além disso, também serve para:
- Diagnóstico de varicocele e hérnias;
- Identificação de pontos de sangramento após uma cirurgia de tireoide.
Um relatório feito pelo Journal of American College of Cardiology mostrou que a técnica foi a mais eficaz em retardar a frequência cardíaca, comparada a massagem do seio carotídeo e o uso de toalha gelada no rosto.
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Como fazer?
A manobra de Valsava consiste em uma técnica na qual se prende a respiração com a boca fechada, apertando o nariz com os dedos e se força a saída de ar, fazendo pressão no corpo. Veja como fazer:
- Se posicione sentado ou deitado;
- Inspire profundamente e, em seguida, de boca fechada, prenda a respiração;
- Expire bruscamente ainda com o nariz apertado, sem liberar o ar;
- Segure por 10 segundos;
- Por fim, respire normalmente.
Riscos da manobra de Valsalva
Inicialmente, é importante tomar bastante cuidado para não forçar demais a saída de ar, pois pode gerar ou piorar dores de ouvido. Além disso, também pode causar dores no peito devido à pressão.
Pessoas que convivem com pressão nos olhos, problemas de retina e implantes oculares não devem fazer a manobra, pois as condições podem se agravar, causando desmaio e até mesmo mal súbito. Por fim, o ideal é não repetir a técnica frequentemente ou fazê-la acompanhada de um médico.
Referência: Biblioteca Virtual em Saúde; Manual MSD.