Mamografia, ultrassom e autoexame das mamas: qual é a diferença?

Saúde
02 de Fevereiro, 2024
Mamografia, ultrassom e autoexame das mamas: qual é a diferença?

O diagnóstico precoce do câncer de mama permite encontrar lesões em estágios iniciais e barrar o avanço da doença. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que durante o triênio 2023/2025 o Brasil terá cerca de 74 novos casos. Para rastrear a doença é importante estar com o check up ginecológico em dia. Mas afinal, qual exame diagnostica o câncer: mamografia, ultrassom ou autoexame das mamas? Entenda agora as diferenças.

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Mamografia, ultrassom e autoexame: entenda as diferenças

A mamografia, o ultrassom e o autoexame das mamas são métodos diferentes de avaliação da saúde das mamas, cada um com suas características e finalidades específicas. Entenda melhor sobre cada um deles:

Mamografia

A mamografia é um exame de imagem que utiliza raios X de baixa dose para criar imagens detalhadas do interior das mamas. É um método de triagem amplamente utilizado na detecção precoce de câncer de mama, especialmente em mulheres assintomáticas. Dessa forma, pode identificar pequenos tumores antes mesmo de serem palpáveis.

Acima dos 40 anos, o exame pode ser realizado anualmente para a detecção precoce do câncer de mama, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). Já entre os 50 e 69 anos, de acordo com o Ministério da Saúde, a mamografia de rotina pode ser realizada a cada dois anos, desde que a mulher não tenha sinais ou sintomas da doença.

Quem realiza o procedimento fora da faixa etária, ou seja, em mulheres com menos de 40 anos, pode complementar o diagnóstico de nódulos na região. Porém, vale lembrar que apenas o médico poderá recomendar a necessidade ou não da mamografia em situações como essa.

Ultrassom das mamas

O ultrassom usa ondas sonoras para criar imagens das estruturas internas do corpo, sendo eficaz na visualização de tecidos moles, como as mamas. É frequentemente utilizado como complemento à mamografia, especialmente em situações em que a mamografia não traz resultados ou quando é necessário avaliar áreas específicas com mais detalhes. Não há contraindicações para mulheres jovens ou durante a gravidez, pois não envolve a exposição à radiação.

Autoexame das mamas

O autoexame das mamas é uma prática em que a própria pessoa examina suas mamas em busca de alterações, como nódulos, caroços, mudanças na textura ou qualquer anomalia. A recomendação é realizá-lo mensalmente, alguns dias após o término do ciclo menstrual, quando as mamas estão menos sensíveis.

Embora seja uma prática recomendada para a conscientização e familiarização com o próprio corpo, não é um método eficaz para a detecção precoce do câncer de mama de forma isolada. Assim, é importante combiná-lo com exames médicos regulares, como a mamografia.

“Por isso, caso note sintomas como: alterações de formato, da pele ou tamanho das mamas, procure um médico o quanto antes para avaliação e diagnóstico correto”, afirma Daniel Gimenes.

Mamografia, ultrassom e autoexame: afinal, qual detecta o câncer de mama?

Em resumo, a mamografia é um exame de raios X que detecta tumores pequenos, o ultrassom usa ondas sonoras para criar imagens detalhadas e complementa a mamografia, enquanto o autoexame é uma prática pessoal para a detecção de alterações nas mamas, mas não substitui exames médicos regulares.

Por isso, recomenda-se que as mulheres discutam com seus profissionais de saúde a melhor abordagem para o rastreamento e detecção precoce do câncer de mama, levando em consideração fatores como idade, histórico familiar e outros aspectos individuais.

A importância da mamografia e como o exame é feito

De acordo com diversos estudos, a mamografia – desde que realizada periodicamente – reduz a mortalidade por câncer de mama em até 40%. “Quando se descobre a doença cedo, os tratamentos podem ser menos agressivos, além de terem uma maior chance de sucesso. A boa notícia é que 95% dos diagnósticos precoces têm chances de cura”, comenta Daniel Gimenes, oncologista da Oncoclínicas São Paulo.

Em um mamógrafo, a mulher fica de pé em frente ao aparelho e duas placas pressionam as mamas tanto na vertical, como na horizontal. Para ter uma melhor imagem, o técnico pedirá para a paciente prender a respiração por alguns segundos. “Em média, o exame pode durar cerca de 20 minutos no máximo”, explica o oncologista.

O exame pode causar desconforto, mas a compressão no aparelho é rápida, fazendo com que a dor seja passageira. “Uma dica para evitar que o incômodo seja maior é realizar a mamografia fora do período menstrual, pois a mama está mais sensível neste momento”, recomenda o especialista da Oncoclínicas São Paulo.

Uma dúvida comum de muitas pessoas é se quem tem silicone pode fazer mamografia. De acordo com o especialista, sim. A prótese não irá atrapalhar o exame, mas é necessário que a paciente avise sobre o silicone. “O mamógrafo não irá furar a prótese. A diferença é que podem ser necessárias mais imagens durante o exame, assim como a manobra de Eklund – que consiste em afastar o silicone para que não haja distorção dos resultados”, comenta Daniel.

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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