Machine Gun Kelly mostra terapia com sanguessugas; para que serve?
O cantor Machine Gun Kelly sempre aparece na imprensa por estar frequentemente envolvido com polêmicas. A mais recente é uma questão amena, porém curiosa — nos stories do Instagram, o cantor mostrou algumas sanguessugas em seu abdômen.
O assunto é controverso, mas os pequenos bichinhos pretos para fins terapêuticos é uma prática bem antiga. Os primeiros achados sobre o procedimento são de 1.500 a.C., no Egito.
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Quais os benefícios da terapia utilizada por Machine Gun Kelly?
No caso de Machine Gun Kelly, não se sabe o motivo pelo qual o cantor é adepto das sanguessugas. Contudo, a sabedoria antiga dos médicos egípcios e gregos apostava nas sanguessugas para tratamentos preventivos e de suporte. Na época, a crença era que a remoção do sangue de um paciente, enfermo ou não, poderia prevenir ou curar certas doenças.
Basta que elas se alimentassem do sangue do indivíduo para livrá-lo das toxinas responsáveis pela enfermidade. Mas, será que isso faz sentido nos dias atuais?
Apesar da terapia com sanguessugas estar em desuso pela medicina, ela possui benefícios em situações muito específicas.
A saliva da sanguessuga contém hirudina, um agente anticoagulante e antiplaquetário que atua na prevenção de coágulos sanguíneos. Como resultado, as sanguessugas conseguem evitar a obstrução de sangue na circulação.
Outros substâncias na saliva da sanguessuga mantêm o sangue fluindo na área danificada, mesmo depois da retirada do animal anelídeo. Assim, o corpo consegue “ter tempo” para desenvolver novos vasos sanguíneos para suportar o fluxo sanguíneo.
No Brasil, a prática é rara. Por outro lado, nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration aprovou em 2004 o uso das sanguessugas para casos de congestão venosa pós-cirúrgica. Ou seja, para pacientes com risco iminente de trombose depois de uma cirurgia.
Chamada hirudoterapia, as sanguessugas são criadas estritamente para uso médico em fazendas de sanguessugas em todo o país. Logo depois de se alimentaram do sangue do paciente, os animais são anestesiados e descartados como lixo médico.
O tratamento dói?
A terapia é indolor — assim, quando a sanguessuga pica, ela libera um anestésico natural que entorpece a área.
Referências: National Library of Medicine; Tampa General Hospital; e University Hospitals.