Linhas de Blaschko: conheça as listras invisíveis da pele
Você acha que apenas os tigres, as zebras e alguns gatos possuem listras? Na verdade, nós também temos! A questão é que as linhas de Blaschko, como são chamadas, são invisíveis nos seres humanos – e geralmente só aparecem em condições como vitiligo e eczema. Saiba mais a seguir:
Afinal, o que são as linhas de Blaschko?
O médico dermatologista Dr Lucas Miranda afirma que tratam-se de padrões invisíveis na disposição das células da pele, que seguem um trajeto específico e característico. Elas foram descritas pela primeira vez pelo dermatologista alemão Alfred Blaschko, em 1901, e podem der observadas em diversas condições dermatológicas.
“Essas linhas representam um padrão de migração das células durante o desenvolvimento embrionário e fetal, e não são facilmente perceptíveis na pele a olho nu. No entanto, quando certas doenças cutâneas se manifestam, podem seguir o curso dessas linhas, tornando-as visíveis”, diz.
Em quais doenças as linhas de Blaschko podem se manifestar?
O especialista cita dois exemplos de condições que evidenciam as nossas “listras”. “São mais frequentemente notadas em algumas doenças genéticas da pele, como a mosaico cutâneo (ou hipomelanose linear de Blaschko) e o nevo epidérmico.”
Enquanto a primeira é caracterizada por manchas brancas e lineares na cútis, a segunda diz respeito a um crescimento anormal de células na pele, o que forma manchas mais escuras ou elevadas.
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Mas o que fazer se eu notar essas linhas no corpo?
“Caso você perceba padrões lineares ou curvilíneos na sua pele, especialmente se forem acompanhados de manchas ou outras alterações cutâneas, o recomendado é procurar um dermatologista para uma avaliação adequada”, indica o Dr Lucas Miranda.
Isso porque somente um profissional capacitado consegue realizar o correto diagnóstico, bem como determinar se as alterações têm relação com as linhas de Blaschko.
“Vale ressaltar que somente um dermatologista é capaz de realizar um diagnóstico confiável e indicar o tratamento mais apropriado, se necessário. Nunca tente realizar autodiagnóstico ou tratamento por conta própria, pois isso pode agravar o problema ou levar a resultados incorretos.”
Fonte: Dr Lucas Miranda, médico dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.