Leite materno ou fórmula infantil: quais são as diferenças e como escolher?

Gravidez e maternidade Saúde
04 de Outubro, 2023
Leite materno ou fórmula infantil: quais são as diferenças e como escolher?

A alimentação do bebê é repleta de crenças e estigmas. Por um lado, aqueles que falam dos benefícios do leite materno, por outro, existem também aqueles que defendem o uso de fórmulas. Mas uma coisa é fato: o aleitamento materno é fortemente indicado por instituições de saúde como o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria. Mas a pergunta que fica é: quais são as diferenças entre leite materno e fórmula? Quando utilizar cada um deles? Confira a seguir. 

Veja também: Seu bebê não quer mamar? Veja 5 possíveis motivos e o que fazer

Leite materno ou fórmula infantil: quais são as diferenças?

Tanto o leite materno como a fórmula são maneiras de prover a nutrição adequada para o bebê, assegurando seu desenvolvimento. Porém, existem particularidades em cada um desses compostos que merecem atenção e devem contar na momento da escolha.

Leite materno 

leite materno ou fórmula

O leite materno é considerado o melhor alimento do mundo. A sua composição única permite que o bebê obtenha boa nutrição, proteção contra infecções e doenças crônicas, prevenção de alergias e redução do risco de câncer. Ou seja, o leite materno pode evitar uma série de condições de saúde, como por exemplo: diabetes, obesidade, hipertensão, infecção de ouvido, alergias de pele, leucemia, entre outros.

É interessante analisar que, por ser um alimento completo, o bebê que recebe o leite materno não precisa de água, fórmula, outros leites, chás ou sucos. Portanto, só após os 6 meses, deve-se iniciar a alimentação complementar apropriada. Porém, a amamentação deve continuar até o segundo ano de vida da criança ou mais.

Além dessas vantagens, o leite materno aumenta o vínculo entre a mãe e o bebê. Durante as mamadas, o organismo da mulher produz ocitocina, o famoso ‘hormônio do amor’. Desse modo, a mãe sente cada vez mais afeto pelo pequeno. Por essa série de motivos, a indicação de leite materno é soberana e recomendada por instituições de saúde no Brasil e no mundo.

É indicado para: Bebês de 0 a 2 anos (ou mais). A contraindicação formal pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é para o HIV e o HTLV. Se a mãe tiver um desses dois vírus não poderá amamentar. Mas além disso, deve-se evitar o aleitamento em casos em que a mãe está em tratamento contra o câncer (em fase de quimioterapia). 

Fórmula infantil 

Esse tipo de leite, que utiliza a base do leite de vaca ou cabra, é artificial e contém nutrientes e vitaminas importantes para o crescimento do bebê. No entanto, diferente do leite materno, a fórmula também não contém anticorpos, nem mesmo células de defesa que possam proteger o organismo de doenças e infecções.

Embora seja um leite seguro para consumo, é bem verdade que a fórmula é inferior ao leite materno e não deve ser substituída sem acompanhamento médico. Além disso, os pais devem ficar atentos a possíveis infecções intestinais e alergias variadas (de intestino, pele, pulmão, nariz, etc.).

Entre as opções no mercado, em pó ou líquida, é importante ficar atento aos ingredientes. Optando assim por um leite de qualidade, contribuindo assim com o desenvolvimento do bebê.

É indicado para: A fórmula é bem-vinda em substituição ao leite materno, ou seja, quando o seu consumo é inviabilizado por alguma questão de saúde da mãe ou opção pessoal. Algumas dessas condições são: HIV (Vírus da imunodeficiência humana) ou HTLV (Vírus-T linfotrópico humano do tipo 1), tratamento de câncer em fase quimioterápica e baixa produção de leite.

Leite materno vs. Fórmula infantil: Como escolher?

Como você notou acima, o que determinará a utilização do leite materno ou da fórmula infantil são as condições físicas e sociais de cada mãe, além da escolha pessoal. Contudo, especialistas em saúde são unânimes em dizer: o leite materno é a melhor opção para a nutrição do bebê. O que, portanto, reflete em uma na sua saúde durante toda a vida. 

Dessa forma, em situações que o leite materno não seja possível, antes de recorrer às fórmulas, as mães podem considerar o aleitamento com leite humano via banco de leite. Essa é uma alternativa excelente, devidamente segura e regulamentada para fornecer a nutrição ao bebê.  

Por fim, para garantir a saúde e bem-estar do seu pequeno, lembre-se de contar com o apoio e acompanhamento médico durante toda gestação, puerpério e infância.

Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria.

Sobre o autor

Tayna Farias
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em gravidez e maternidade

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