Introdução alimentar: saiba o que evitar
A introdução alimentar se dá quando os alimentos sólidos começam a fazer parte da alimentação do bebê, a partir dos seis meses.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, os pequenos devem se alimentar apenas do leite materno até os seis meses de idade. A partir desse período, os pais devem realizar a introdução alimentar, fase em que a alimentação começa a incorporar outros alimentos.
O que evitar na introdução alimentar?
A fonoaudióloga Carla Deliberato explica que a alimentação complementar deve ser feita de forma gradual e prazerosa. Isso porque nessa fase a criança começa a desenvolver o paladar e adquirir um hábito alimentar mais variado.
Desse modo, a especialista separou 5 erros comuns que os pais cometem nessa fase da alimentação dos seus filhos. Confira:
O que evitar na introdução alimentar: bater a comida no liquidificador ou passar na peneira
Segundo Carla, essa prática é incorreta pois não estimula os movimentos de mastigação da criança. Além disso, ao visualizar as diferentes texturas e sabores dos alimentos, o bebê vai tendo novas experiências e um interesse maior pela comida.
Para a fonoaudióloga, o alimento deve ser amassado ou cortado em pedacinhos (o chamado método BLW, do inglês “Baby-led weaning”, ou desmame guiado pelo bebê).
“Quanto mais prolongada for a alimentação pastosa, maior pode ser a dificuldade da criança desenvolver o paladar e aceitar outros tipos de alimentos”, reforça.
Leia também: Introdução alimentar: como fazer e quais alimentos são indicados
Oferecer doces e alimentos processados
O ideal é que os pais ofereçam apenas refeições com alimentos como proteína animal, leguminosas, tubérculos e cereais, legumes, verduras e frutas.
Procure evitar papinhas artificiais, embutidos, frituras e alimentos com sal. Os doces também devem ser evitados até os dois anos de idade. Opte por papinhas naturais de frutas e salgadas.
Para temperar, use ingredientes naturais e se precisar usar óleo, procure os vegetais, como óleo de canola, soja ou milho, mas também, sempre em pequena quantidade.
Deixar a criança sentar sem postura
Em relação à postura, a criança deve estar bem posicionada, de preferência na cadeirinha de alimentação. Pois a partir dos seis meses, ela já tem a capacidade motora de sustentar o tronco e de aproximar com as mãos os alimentos até a linha média da boca.
Há exceções como no caso de bebês que tenham atraso no desenvolvimento. Mas neste caso, é necessário fazer algumas adaptações na cadeira de alimentação para que a criança fique bem posicionada nas refeições.
Punir ou chantagear a criança
O momento da refeição deve ser prazeroso, por isso os pais não podem castigar a criança por não querer comer ou oferecer algum tipo de “recompensa”.
Manter um ambiente harmonioso
A criança não deve ser estimulada a se alimentar com celulares, tablets, televisão alta ou outros aparelhos eletrônicos. Procure manter um ambiente disciplinado e tranquilo.
Essas foram algumas dicas para ajudar os pais nesse processo. Mas, Carla alerta que se o bebê recusar o alimento constantemente, apresentar náuseas ou vômitos, o ideal é procurar a ajuda de um fonoaudiólogo que atua em dificuldades alimentares.
Fonte: Carla Deliberato, fonoaudióloga.