Como a intensidade dos exercícios impacta a memória
Que a prática regular de exercícios físicos traz muitos benefícios para a saúde, provavelmente você já sabe. Se movimentar previne doenças crônicas, doenças cardiovasculares, como diabetes e hipertensão, entre muitas outras. Além, é claro, de ser essencial para a nossa saúde mental. Mas você sabia que a intensidade dos exercícios também impacta positivamente a memória?
Estudos feitos ao longo dos anos, já mostraram que apenas um treino pode melhorar a memória. E praticar atividades físicas regularmente também ajuda a prevenir problemas de memória.
Recentemente, uma pesquisa feita pela faculdade de Dartmouth estudou como as diferentes intensidades dos exercícios impactam a memória.
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Tipos de memória e a intensidade dos exercícios
Para chegar aos resultados, os pesquisadores do estudo, publicado na revista Nature Scientific Reports, analisaram dados do Fitbit (smartwatch) de 113 pessoas. Dessa maneira, eles fizeram uma série de testes de memória, na qual era necessário memorizar detalhes espaciais, termos linguísticos e palavras aleatórias. Além disso, os participantes responderam perguntas sobre sua saúde mental.
“Nosso estudo está tentando construir uma base para entender como diferentes intensidades de exercício físico afetam diferentes aspectos da saúde mental e cognitiva”, disse o principal autor do estudo, Jeremy Manning.
Assim, os cientistas descobriram que os participantes mais ativos tinham melhor desempenho geral da memória, em comparação com os sedentários. Mas os resultados variavam de acordo com a intensidade dos exercícios.
Por exemplo, os que faziam exercícios de baixa intensidade, como caminhadas, por exemplo, tiveram melhor desempenho na memória episódica. Esse tipo de memória refere-se à capacidade de lembrar detalhadamente sobre situações cotidianas.
Já os participantes que se exercitavam com mais intensidade e praticavam HIIT ou corrida, se saíam melhor em tarefas de memória espacial. Ou seja, eles lembravam de espaços e lugares com mais facilidade. Um exemplo disso é lembrar onde estacionou o carro ou guardou as chaves de casa.
Mas é importante lembrar que mais estudos devem ser feitos para tirar mais conclusões sobre o impacto do exercício na memória.
Referência: The New York Times