Insulina em comprimido: estudo com ratos aponta boa eficácia

Saúde
05 de Setembro, 2022
Insulina em comprimido: estudo com ratos aponta boa eficácia

Talvez uma das principais dores de quem convive com diabetes é manter a consistência no tratamento. Muitos pacientes necessitam das injeções de insulina como parte do controle da doença. Mas há algum tempo, a ciência está estudando novas possibilidades que facilitem a rotina das pessoas com diabetes. A insulina em comprimido é uma delas, e ganhou diversos estudos. Porém, até então, o maior desafio era encontrar uma solução não injetável e eficiente do medicamento. Afinal, a insulina é uma proteína que o estômago consegue digerir completamente — só que ela precisa estar íntegra para chegar ao fígado, que é o órgão que ajuda a metabolizá-la. As pesquisas haviam testado a insulina em comprimido com maiores quantidades do hormônio para tentar contornar essa perda pelo estômago, mas sem bons resultados.

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Nova insulina em comprimido tem mecanismo de digestão diferente

A boa notícia é que um estudo recente insistiu na alternativa oral, mas com uma alteração na forma de absorção, que se dissolve entre a bochecha e a gengiva. Dessa forma, a insulina consegue entrar no organismo por meio desses dois canais e ir diretamente para a corrente sanguínea. Testada em ratos, a substância chegou com êxito ao fígado das cobaias, cuja absorção durou cerca de meia hora e o efeito da insulina em comprimido durou até quatro horas.

Apesar da boa eficácia, a pesquisa precisa ser feita em seres humanos, algo que leva tempo. Enquanto a solução em comprimidos ainda não é uma realidade, a insulina injetável continua sendo fundamental para o tratamento do diabetes.

A importância de manter controle do diabetes

https://www.youtube.com/watch?v=64uy_Rh9Zq0

Um levantamento de 2021 da Federação Mundial de Diabetes apontou que mais de 15 milhões de pessoas adultas possuem diabetes no Brasil. Não há dados que separem os pacientes com diabetes tipos 1 e 2, mas é fato que ambos precisam de cuidados para a doença não se agravar. E é justamente esse o problema: outra pesquisa da mesma federação descobriu que mais da metade dos pacientes com diabetes tipo 2 abandonam o tratamento logo nos primeiros meses do diagnóstico.

A princípio, um dos motivos da falta de consistência é a pouca preocupação com os sintomas da doença, que normalmente começam de forma silenciosa. Além disso, a resistência à mudança de hábitos, que envolve reeducação alimentar e atividade física, também é um fator da desistência.

Contudo, sem o devido tratamento, o diabetes causa complicações sérias, como amputações de membros inferiores, cegueira e falência de órgãos, especialmente a dos rins. Sem falar que a doença é um fator de risco para outras enfermidades, como as do coração e a obesidade. Portanto, é fundamental ter consciência dos riscos para evitar ser uma vítima da doença.

Sobre o autor

Amanda Preto
Jornalista especializada em saúde, bem-estar, movimento e professora de yoga há 10 anos.

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