Infarto ou ansiedade: principais diferenças e o que fazer

Bem-estar Equilíbrio Saúde
19 de Outubro, 2022
Infarto ou ansiedade: principais diferenças e o que fazer

Dor no peito, falta de ar, sudorese. Quando surgem esses desconfortos, é comum que as pessoas fiquem em dúvida: infarto ou ansiedade?

Os sintomas das duas condições são muito semelhantes. Por isso, muitas vezes, as pessoas acabam recorrendo a hospitais, mesmo sem ter problemas no coração.

É fundamental saber a diferença entre os sintomas e as causas do infarto e da ansiedade. Veja abaixo:

Infarto

Um ataque cardíaco (ou infarto) é resultado da obstrução de uma artéria que leva o sangue para o coração. Dessa forma, as células do músculo cardíaco começam a morrer.

A dor costuma iniciar no peito e irradiar para o braço esquerdo. Também surge a sensação de aperto no tórax, suor excessivo, palidez e alteração na frequência cardíaca. Mas o ataque cardíaco pode ser assintomático, especialmente entre idosos e pacientes com diabetes. 

A principal diferença entre o problema e a ansiedade, é que quando uma pessoa está tendo um infarto, não costumam surgir alterações na respiração.

Os sintomas do infarto são:

  • Dor no peito, que pode irradiar para nuca, queixo, ombros ou para membros superiores;
  • Dor no abdômen;
  • Sudorese;
  • Sensação de desmaio;
  • Náuseas;
  • Dormência e formigamento;
  • Palpitações;
  • Inquietação;
  • Por fim, desorientação.

Ansiedade

Já a ansiedade consiste em um transtorno no qual a preocupação é mais constante, com picos eventuais. É uma resposta natural diante de situações que a mente encara como perigosas. Assim, nesses momentos de preocupação intensa, entra em ação um mecanismo de defesa que prepara o corpo para fugir ou enfrentar a ameaça.

O Brasil é um dos países com mais pessoas ansiosas, segundo relatório recente da Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso porque mais de 9% da população é afetada pela ansiedade, o triplo da média mundial.

Leia também: Crise de ansiedade: O que fazer quando você está sozinho

Geralmente, as crises ansiosas atingem seu auge entre 10 e 20 minutos. Aos poucos, o paciente tende a baixar os níveis de adrenalina e recuperar o controle corporal. Dessa forma, sinais prévios de depressão e alterações de humor também podem caracterizar o quadro. 

Ao contrário do infarto, a dor da crise de ansiedade se concentra na área do peito, mas sem a pressão gerada nos ataques cardíacos. Além disso, as dores e os formigamentos podem surgir em qualquer parte do corpo, como braços, pernas, dedos, tórax e pescoço.

Os sintomas mais comuns incluem: 

  • Tremedeira;
  • Suor;
  • Dores de cabeça;
  • Problemas no estômago e náuseas;
  • Inquietação;
  • Irritabilidade;
  • Cansaço;
  • Dificuldade para se concentrar;
  • Tensão muscular;
  • Por fim, insônia.
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Infarto ou ansiedade: como lidar com as duas condições?

Em primeiro lugar, é necessário entender as diferenças entre os sintomas e ir ao pronto-socorro para evitar algo pior. Portanto, faça um check-up da saúde do seu coração para saber se está tudo bem.

Assim, não hesite em buscar ajuda profissional, tanto da saúde física quanto da mental. Pois ter o apoio de um terapeuta através da psicoterapia é fundamental.

Além disso, outra dica importante é aprender a controlar a sua respiração. Isso porque durante a crise de ansiedade, a pessoa deve iniciar uma respiração diafragmática lenta, com várias repetições. Isto é, ela precisa sentir o ar entrando e saindo, focando mais na expiração do que na inspiração.

Eu sou uma pessoa ansiosa?

A ansiedade nem sempre significa algo ruim, sabia? Trata-se de um sentimento que pode ser benéfico em alguns casos, pois nos faz partir para a ação. Pense bem: se você está se preparando para uma apresentação no trabalho, planejando a sua festa de aniversário ou envolvido na resolução de algum conflito, não seria interessante imaginar possíveis contratempos e tentar minimizar as chances deles acontecerem?

O problema começa quando a ansiedade se torna constante e atrapalha a nossa qualidade de vida. “O transtorno de ansiedade é uma condição clínica na qual essa resposta adaptativa fica desregulada e passa a nos trazer mais problemas do que ajudar”, explica a psicóloga Ediane Ribeiro.

Às vezes, esse sentimento é tão frequente na vida da pessoa, que ela não percebe os seus prejuízos para a saúde mental. Se você desconfia que talvez esse seja o seu caso, faça o teste para descobrir o seu nível de ansiedade:

Sobre o autor

Julia Moraes
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em fitness, saúde mental e emocional.

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