Indutor de ovulação: o que é e em quais casos ele é indicado?

Gravidez e maternidade
05 de Abril, 2023
Indutor de ovulação: o que é e em quais casos ele é indicado?

Para algumas mulheres que estão tentando ser mães, seja de forma natural ou por meio de tratamentos, o indutor de ovulação é um termo conhecido. A seguir, saiba tudo sobre o medicamento e em quais casos ele é indicado.

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O que é um indutor de ovulação?

De acordo com ginecologista e obstetra Geraldo Caldeira, o indutor de ovulação estimula o processo em mulheres que possuem dificuldade para ovular naturalmente.

“Trata-se de um medicamento utilizado para incentivar ou produzir mais de um óvulo. No entanto, precisa de orientação e acompanhamento médico, pois existem efeitos colaterais”, explica o especialista.

Como funciona e quem pode se beneficiar?

O indutor de ovulação pode ser administrado via oral ou injetável, dependendo da prescrição médica. Segundo Caldeira, o fármaco é útil entre as tentantes que buscam engravidar de maneira natural, mas têm problemas para ovular.

Além disso, o medicamento pode ser um aliado sob técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV) e a inseminação intrauterina (IIU). Nesse contexto, o indutor aumenta a capacidade de produzir mais de um óvulo. Dessa forma, aumentam as chances de concepção.

Tipos de indutor de ovulação

Há diversos tipos de indutores, cuja composição varia de acordo com o medicamento. A princípio, os mais comuns são:

  • Citrato de clomifeno: bloqueia os receptores de estrogênio no hipotálamo, estimulando a produção de gonadotrofinas (hormônios responsáveis pela ovulação).
  • Gonadotrofinas: contêm hormônios folículo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH) sintéticos, que ajudam a estimular o desenvolvimento dos folículos ovarianos e a ovulação.
  • Agonistas do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH): agem reduzindo a produção de estrogênio, levando a uma pausa temporária do ciclo menstrual. Depois de um período de supressão, esses medicamentos podem ser úteis para estimular a produção de gonadotrofinas e a ovulação.

Todos os medicamentos acima dependem de avaliação médica, que analisa a saúde reprodutiva da mulher e sugere o melhor indutor para cada caso. Portanto, em hipótese alguma, devem ser usados por conta própria.

Efeitos colaterais

Caldeira ressalta que, assim como todo fármaco, o indutor também pode provocar reações adversas. Os principais são:

  • Ondas de calor.
  • Dor de cabeça.
  • Náusea, vômito e tontura.
  • Aumento da sensibilidade nas mamas.
  • Variações de humor.
  • Alterações visuais temporárias (por exemplo, visão turva).

Além disso, em quadros mais raros, os indutores de ovulação podem causar complicações graves, como a síndrome de hiperestimulação ovariana (SHO). Nessa condição, os ovários se tornam extremamente sensíveis ao medicamento. Como resultado, os ovários aumentam de tamanho e ocorre uma liberação excessiva de hormônios.

Fonte: Geraldo Caldeira, ginecologista e obstetra membro da FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia); membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH); e médico do Serviço de Reprodução Humana do Hospital e Maternidade Santa Joana.

Referências: Yale Medicine; University of California San Francisco (UCSF); e Mayo Clinic.

 

Sobre o autor

Amanda Preto
Jornalista especializada em saúde, bem-estar, movimento e professora de yoga há 10 anos.

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