INCA prevê mais de 2 milhões de casos de câncer no Brasil até 2025
O câncer é a segunda enfermidade que mais mata no mundo, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). No Brasil, os casos de câncer aumentam a cada ano. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), de 2023 a 2025, a previsão é de que a doença atinja mais de 2 milhões de pessoas. Ou seja, a cada ano, o país terá 704 mil novas ocorrências.
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Tipos de câncer que mais afetam a população, segundo o INCA
Para chegar à estimativa futura, o Instituto analisou as ocorrências para 21 tipos de câncer predominantes no Brasil. Dois a mais do que a publicação anterior, que avaliou o período de 2020 a 2022. Os novos tipos câncer foram o de pâncreas e fígado.
“Esses cânceres foram incluídos por serem problema de saúde pública em regiões brasileiras e também com base nas estimativas mundiais. O câncer de fígado aparece entre os 10 mais incidentes na região Norte. Já o câncer de pâncreas está entre os 10 mais incidentes na região Sul”, afirma um trecho do documento oficial.
Contudo, o tumor que lidera o número de casos no Brasil é o de pele não melanoma (31,3% do total de pacientes), seguido pelos de mama feminina (10,5%). Por fim, próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).
O tipo de câncer em homens presente em todas as regiões do país é o de próstata, “com 72 mil casos a cada ano do próximo triênio, atrás apenas do câncer de pele não melanoma”.
Nas mulheres, o câncer de mama é o mais frequente logo após o de pele não melanoma — o INCA prevê 74 mil novos casos por ano até 2025.
Quais são as regiões que mais concentram o diagnóstico de câncer?
Na avaliação do INCA, 70% dos pacientes residirão nas regiões Sul e Sudeste no Brasil. Por sua vez, o restante dos quadros se dissemina nas demais áreas do território nacional.
Importância do levantamento do INCA
A coordenadora de Prevenção e Vigilância (Conprev) do INCA, Liz Maria de Almeida, explica que o documento é útil para conhecimento do público. Além disso, é fundamental para se pensar estratégias mais amplas de combate ao câncer.
“Hoje, por exemplo, quando a gente diz ‘olha, nós temos que combater o sedentarismo’, precisamos avaliar se as pessoas têm locais em sua região para caminhar, para andar de bicicleta ou para fazer qualquer outro tipo de exercício; se a gente está falando do combater a obesidade, tem que ver como estamos discutindo com as populações locais os padrões de alimentação”, comentou a especialista.